Algumas pessoas parecem viver como se a humanidade fosse desprovida de maldade, de malícia, de más intenções. Como se todos\as nós vivêssemos num "playground" onde adultos e crianças convivem entre si e onde impera a pureza de alma, de corpo, de pensamentos e sentimentos, em ambos os níveis. Como se não houvesse separação entre as gerações, entre as diversos papéis e funções, interdições ou permissões para cada faixa etária.
Essa negação do mal retrata uma sociedade marcada pelo sofrimento da "criança interior" de cada um, que pede socorro e limites.
Uma sociedade marcada por inúmeras separações conjugais e desatinos familiares, fruto da crise surgida com o fim do patriarcado.
Tínhamos um sistema hierárquico rígido e agora estamos prestes a simetrização da sociedade. A Natureza é hierárquica e isso faz parte da ordem da coisas. Tirar tudo do lugar, esvaziar conceitos de ,modo exagerado não pode ser bom, seria como um tsunami que tudo destrói, deixando apenas o rastro de sua sujeita e a necessidade da reconstrução.
Evoluir conservar o que havia de bom no modelo anterior e modificar somente o que era ruim ou tornou-se disfuncional pelas novas expectativas do ser humano no que tange ao seu projeto de felicidade. Não é destruindo tudo que chegaremos ao bem estar que se espera.
Existem também muito preconceito e desconhecimento sobre a origem e a formação dos preconceitos. Um preconceito não se forma do nada, mas, de um repertório de vivências que sinalizam em uma direção. Não é que algo seja sempre assim, mas, foi assim nas experiências previamente registradas durante a formação daquele (pré) conceito.
Preconceitos também tem seu lugar na ordem da vida. O que é ruim, é se ele impedir que se analise a situação em si, como ela se apresenta naquele momento e contexto.
Enfim: preconceito contra o preconceito também é preconceito e também pode ser perigoso.
Preconceito é uma coisa. Negar e negligenciar o perigo é outra coisa.
Diz o I Ching: "O perigo fica mais perigoso quando é negligenciado",
Está muito mais difícil colocar limites nos adultos do que nas crianças e adolescentes.
A negação do mal, apenas, aumenta o perigo de que as maldades atuem na escuridão da ingenuidade patológica de uma cultura infantilizada, hedonista, desequilibrada, doentia e perdida.
Retomemos a consciência e o bom senso, urgentemente.
Valéria Giglio Ferreira
Psicóloga e Educadora
www.amar.psc.br
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