Sem admiração um pelo outro, a relação a dois fica impossível,
porque o olhar “admirador é fundamental para ativar o desejo de estar
perto.
Na ausência da admiração, um passa a atacar - direta ou indiretamente
– a autoestima do outro, surgindo daí sentimentos
de destrutiva repulsa: um porque não admira o outro e o outro porque não se
sente admirado pelo um.
O ambiente afetivamente tóxico que isso cria - se não
socorrido a tempo - poderá comprometer a continuidade da relação.
Por traz desse “deixar de admirar”, às vezes, o que há é o descaso
de um ou de ambos - por anos - consigo mesmo e com o relacionamento em virtude
das demandas do dia a dia; portanto, algo que ainda pode ser mudado.
O que muitas relações a dois pedem é: mais do que separação,
reparação...
Valéria Giglio Ferreira
Psicóloga e Psicoterapeuta Individual e de Casais