Celebre e agradeça a vida como grande bênção...

Celebre e agradeça a vida como grande bênção...

Deus ilumine o Brasil e o mundo, em nome de Jesus Cristo! Amém!

Deus ilumine o Brasil e o mundo, em nome de Jesus Cristo! Amém!
Parabéns, Srs. juizes...Continuem assim. Cuspam bastante na cara do povo...Ignorem bastante o sofrimento do povo saqueado e, depois, acertem as suas contas com o Universo: vocês e seus\suas comparsas em roubar a população. Mas, não se enganem: o Universo, a seu tempo, fará a justiça prevalecer...

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

DESPERTANDO O CASAL...SAINDO DO SONO DA ROTINA...


VALSINHA (Chico Buarque)
Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito
de sempre chegar.

Olhou-a de um jeito muito mais quente
do que sempre costumava olhar. 

E não mal disse a vida tanto quanto era seu
jeito de sempre falar. 

E nem deixou-a só num canto
pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar. 

Então, ela se fez bonita como há muito tempo
nao queria ousar. 

Com seu vestido decotado cheirando a
guardado de tanto esperar. 

Depois os dois deram-se os braços como
há muito tempo não se usava dar. 

 E cheios de ternura e graça
foram para a praça e comecaram a se abraçar. 

 E ali dancaram tanta dança que a vizinhança
toda despertou. 

 E foi tanta felicidade que toda cidade enfim
se iluminou. 

E foram tantos beijos loucos, tantos gritos
roucos como não se ouvia mais

que o mundo compreendeu 

e o dia amanheceu
em paz.


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

OLHAR PODE, O QUE NÃO PODE É CRUZAR O OLHAR...

 Por Valéria Giglio Ferreira 

Muitos casais discutem porque as mulheres acusam seus respectivos parceiros de andarem olhando as outras mulheres na rua, no shopping, nas festas, etc.

Perceberem que seus pares estejam fazendo isto as deixa muito irritadas e ofendidas - creio que com toda razão.

A esta "acusação", a maiorida dos homens costuma rebater dizendo que não olharam coisa nenhuma, que elas viram algo que não ocorreu.

Digo que quando  isto acontece é realmente muito chat o e costuma "azedar a relação por horas ou dias", mas, me lembro de uma explicação que certa vez ouvi em meu trabalho:

" - OLHAR PODE, O QUE NÃO PODE É CRUZAR O OLHAR."

Ah, entendi!

Porque, um simples olhar pode não significar nada mais do que a curiosidade masculina em ver, entretanto, no momento em que surge o cruzar de olhares entre um homem e uma mulher, então, aí pode estar começando a paquera, a manifestação de interesse, o jogo da sedução - inaceitável para a maioria de pares que já estão formados.

Portanto, "OLHAR PODE, O QUE NÃO PODE É CRUZAR O OLHAR!!!"

Obs. Há quem diga que mesmo o simples olhar, se for acintoso, não pode porque é um ato agressivo, de pouca gentileza e deselegante para com o/a parceiro/a que assiste a cena...Concordo!!!



Todos os Direitos Reservados*.
Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais


Este texto pode ser reproduzido desde que se faça referência à autora e à fonte.
Modo de citação sugerido:
Ferreira, Valéria Giglio - Blog AMAR- EDUCAÇÃO CONJUGAL E FAMILIAR     

sábado, 29 de outubro de 2011

AS ÁRVORES DE NOSSA VIDA...






Por Valéria Giglio Ferreira


Homenagem ao DIA DA ÁRVORE

"Na vida, plantamos várias árvores:


A árvore da FÉ. do CASAMENTO, da FAMÍLIA, dos FILHOS/AS, da SAÚDE, da PROFISSÃO, dos AMIGOS/AS...


Cada uma tem a sua maneira adequada de cultivo.


Colheremos os melhores frutos naquelas que cultivarmos melhor..."

www.amar.psc.br

 


Todos os Direitos Reservados*.
Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais


Este texto pode ser reproduzido desde que se faça referência à autora e à fonte.
Modo de citação sugerido:
Ferreira, Valéria Giglio - Blog AMAR- EDUCAÇÃO CONJUGAL E FAMILIAR  

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A ÁRVORE DA FELICIDADE: cada um cresce no seu próprio tempo




Por Valéria Giglio Ferreira


Certa ocasião eu adquiri uma pequena muda da Árvore da Felicidade e queria que ela crescesse logo, rápido!


Dei um monte de hormônios a ela com esse objetivo.


Ela cresceu na altura, ficou bem comprida, mas, não parava em pé porque não tinha a base grossa e firme o bastante para isto.


Durante anos e anos minha plantinha precisou de estacas para segurar-se.


Só pude retirar as estacas quando ela se tornou adulta e isto só aconteceu no seu próprio tempo.


Minha arvorezinha me ensinou muito...

Tanto sobre o Tempo, quanto sobre o Crescer, quanto sobre a Felicidade...

Agradeço muito a ela.





Todos os Direitos Reservados*.
Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais


Este texto pode ser reproduzido desde que se faça referência à autora e à fonte.
Valéria Giglio Ferreira - psicóloga    

domingo, 16 de outubro de 2011

A CORRIDA MALUCA


Por Valéria Giglio Ferreira 

ÀS VEZES, FICO COM A IMPRESSÃO DE QUE EM NOSSO DIA-A-DIA, VIVEMOS UMA ESPÉCIE DE "CORRIDA MALUCA", COMO A DO FILME DE HANNA BARBERA.

E QUE, ASSIM COMO LÁ, HÁ PESSOAS QUE QUANDO PERCEBEM QUE NÃO CONSEGUEM GANHAR A CORRIDA, APELAM FEIO - LITERALMENTE FEIO - E COMEÇAM A TENTAR SABOTAR O SUCESSO DOS OUTRO/AS COMPETIDORES INVENTANDO COISAS, CRIANDO INTRIGAS, TENTANDO COLOCAR OBSTÁCULOS, FAZENDO INÚTEIS ARMAÇÕES, DESVIANDO-OS DO SEU CAMINHO DO BEM,  NA TENTATIVA DE ATRASÁ-LOS.

CREIO QUE COM ISSO, ESSAS PESSOAS - MAUS COMPETIDORES - SÓ ATRASAM A SI MESMOS/AS...

TUDO TEM UM SENTIDO REAL E "TUDO CONCORRE PARA O BEM DAQUELES QUE AMAM DEUS" (Romanos 8,29). ESTÁ NA BÍBLIA.

DESDE QUE OS CANDIDATOS A VITORIOSOS NÃO CAIAM NA TENTAÇÃO DE FAZER IGUAL AOS SEUS MAUS CONCORRENTES E QUE SAIBAM SE PROTEGER, AGINDO SEM PERDER A ÉTICA, MANTENDO O FOCO EM VENCER COM DIGNIDADE, CREIO QUE ESTAS TENTATIVAS E ARREMEDOS DE CILADAS APENAS FAZEM COM QUE OS BONS CRESÇAM AINDA MAIS, MOSTREM AINDA MAIS A SUA FORÇA E SUA LUZ.

TUDO ISTO FAZ COM QUE SUA VITÓRIA SEJA AINDA MAIS MERECIDA, CELEBRADA E SABOROSA! 



*** Este texto foi feito originalmente para o blog RIBEIRÃO MERECE COISA MELHOR, de meu amigo PAULO ARRUDA - http://www.ribeiraomerececoisamelhor.com.br/


Todos os Direitos Reservados*.
Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais


Este texto pode ser reproduzido desde que se faça referência à autora e à fonte.
Valéria Giglio Ferreira - psicóloga    

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

NOSSA SENHORA APARECIDA abençoe e proteja todas as crianças!



Que nesta semana em que celebramos NOSSA SENHORA APARECIDA e o DIA DAS CRIANÇAS, as bençãos de Deus recaiam sobre todas as crianças e também sobre nossa "criança interior" libertando-a dos sofrimentos passados e abrindo um  ciclo de mais amor, proteção, aconchego e fé.  

   Abraço a todos/as,     
Valéria Giglio Ferreira

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

" MUNDO MODERNO: a ARTE de fazer ESCOLHAS que preservem o EQUILÍBRIO "

Valéria Giglio Ferreira

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

PAI E MÃE: OS PRIMEIROS FICANTES DOS FILHOS/AS ATUAIS


Valéria Giglio Ferreira - psicóloga
        
          A psicologia vem pontuando que nos relacionamentos humanos adultos existe uma tendência em reproduzir - pelo menos num primeiro momento - os modelos relacionais aprendidos na infância:: quer seja o modelo de casamento de pai e mãe um com o outro, quer seja o da relação deles com a pessoa em questão.
          Considerando esta premissa como verdadeira, torna-se bem compreensível o atual surgimento da geração de "adolescentes e adultos ficantes".












          É que com as mudanças nas dinâmicas conjugais e familiares do patriarcado para o modelo contemporâneo e a consequentemente saída das mães para o mercado de trabalho - os pais já estando nele há algum tempo - restou saber com quem "ficariam" os filhos/as destas gerações. E esta é uma questão corriqueiramente feita para mães que trabalham fora: "- Ah! você trabalha! E...com quem  eles ficam??? "

             E isto costuma ser dramático para mães de crianças pequenas: com quem deixar suas criam após a licença maternidade??? Não quero dizer com isto que  a responsabilidade de resolver a questão seja somente da mãe. Me refiro aqui à pauta de com quem ficam os filhos da modernidade para que seus pais trabalhem. 

          E aí começam a surgir as respostas de com quem ficam as crianças do mundo de hoje : "Ah...ficam na escolinha, ficam com os avós, ficam com a babá, ficam com os tios, ficam com a vizinha, ficam com irmãos mais velhos, ficam com a fulana, ficam, ficam, ficam..."

         Se o casal se separou, a pergunta não difere: " Ah...e...com quem eles ficaram? Com o pai, com a mãe, com quem?"

        E as respostas, em geral, são: "...ficam um pouco com cada um, um pouco em cada casa, ficam prá lá e ficam prá cá..."

        E assim, as crianças "ficam" com todo mundo e com ninguém. Nascem aí as relações de "ficar": rápidas e, às vezes, muito efêmeras.

        Crianças frutos das relações deste prá lá e prá cá podem estar indo para a vida adulta achando que "ficar" seja o normal entre os humanos. Vão aprendendo sem perceber e aos poucos as relações entre seres ficantes. Crescem e reproduzem em sua vida adulta que aprenderam na infância: ficar em vez de estabelecer vínculos estáveis. Então exatamente como viveram sua infância, passam a ficar! Ficar com o/a paquera, ficar no lugar de namorar, ficar no lugar de casar, ficar sem ficar. Ficar como quem a qualquer momento pode partir...sem compromisso e sem culpa, afinal, é o que viveram desde pequeninas - ir ficando com quem desse para ficar com elas de acordo com o momento, com a oportunidade, com a situação e com a hora. 
 
        O curioso é que estas relações de ficar são, na verdade, relações de partir; e partir sem culpa, sem compromisso, frequentemente sem satisfação, sem vinculação, sem aprofundamento. Vasos de terra rasa com pouco espaço para o enraizamento da planta afetiva é o que se tornam muitas das relações entre ficantes. Sem cobranças e sem profundidade. Apenas com o prazer fugaz de ter tido o mínimo de atenção disponibilizado pelo outro: quase um quebra galho afetivo.

        E o que costuma mesmo ficar dessas relações é uma grande fome de amor e um grande vazio. Daí o enorme número atual de adeptos ao uso de drogas - tentativas de preenchimento deixado por um mundo afetivamente frustrante para toda uma geração de filhos\as que de certa forma são, ainda em tenra idade, ficantes de seus pais e mães; ou seja, que só os veem rapidamente e quando dá tempo.

      E o que fica deste modo apressado e ficante de viver a vida  é sobretudo a sensação de liquidez presente na maioria das relações interpessoais contemporâneas; de desrespeito pelo sentimento e pela tendência humana de se deixar afetar e envolver no encontro com o outro.

       E assim, entre um ficar prá lá e um ficar para cá esta geração vai aprendendo como estabelecer relações superficiais: sem compromisso e sem a perspectiva de continuidade. Relações sem renúncias, sem priorização, mas, também sem prazer e sem consistência.

       Mas, vincular-se e estar mais disponível para os filhos\as requer um trabalho pessoal de cada pai e de cada mãe e o preço de lidar com as dilemáticas relacionais, de fazer escolhas, renúncias, colocar-se vulnerável, de enfrentar o mundo familiar e doméstico - o qual muitos consideram perda de tempo e chatice.

    Entretanto, no "ficar doméstico" não se precisa lidar com o rame-rame das relações conjugais e familiares. Muitos pais e mães justificam que estariam mais presentes se pudessem, que se ausentam tanto porque precisam trabalhar. Sim, precisamos. Mas...não será também porque é mais fácil lidar com o trabalho do que com a rotina da casa? Serão mesmo necessárias tantas horas fora do lar???
         
       E não vai nisto nenhuma acusação aos pais e mães que - como eu - trabalham fora e estão sempre ocupados - mas, um alerta para pensarmos para onde estamos caminhando com nossas escolhas e quais os impactos delas sobre a vida relacional de nossas filhos\as; que modelo de relacionamento estaríamos - sem querer - ensinando-lhes através do nosso modo de nos relacionarmos com eles.

              Ao argumento de que trabalham para trazer o dinheiro para dentro de casa e comprar presentes, é preciso contrapor a realidade de que - os filhos\as sempre preferem e precisam mais - de pai e mãe presentes do que dos presentes de pai e mãe.   

        Então, a questão é que ao escolherem o trabalho, o dinheiro, o seu prazer pessoal e o seu sucesso, pais e mães atuais estão - sem quererem de fato e sem terem consciência das duras consequências disto - se tornando os primeiros "ficantes" dos filhos/as e, possivelmente, ensinando-os a formarem vínculos nesta modalidade.

Texto revisto:



A Psicologia diz que os relacionamentos humanos adultos costumam reproduzir os modelos relacionais aprendidos na infância: seja o modelo conjugal dos pais entre si, seja o modelo de relacionamento deles com a pessoa em questão.

          Considerando-se isto como verdadeiro, torna-se bem compreensível o surgimento da atual geração de "adolescentes e adultos ficantes".

          É que se muitos dos filhos/as de hoje, se já viviam longe do pai, com o novos modelos de conjugalidade e família e com a saída das mães para trabalhar, passaram a viver também longe da sua mãe.
O que faz com que estejam mergulhados no que chamamos  abandono doméstico” - que corresponde a viverem abandonados em suas próprias casas ou nas casas de outras pessoas, sem contato íntimo com seus progenitores, sempre ocupados com outras coisas. 

 Soma-se a isto o fato que estas são gerações de filhos/as traumatizados por inúmeras histórias de separações conjugais na geração anterior - o que para muitos significa: amar pode ser perigoso, melhor é ter relações superficiais, pois, se houver abandono, rejeição ou rompimento, o sofrimento será menor do que no caso de haver envolvimento e profundidade na relação.    

 Então, creio que o abandono doméstico mais o medo de amar e sofrer sejam os principais  ingredientes na formação psicológica dos ficantes

Deste modo, sem darem conta, as crianças desta geração podem estar indo para a vida adulta achando que "ficar" seja o normal entre os humanos pois não têm outro parâmetro de referência, reproduzindo na vida adulta exatamente  o que aprenderam em sua infância: ficar prá lá e prá cá, com um e com outro em vez de estabelecer vínculos estáveis e duradouros.

 O curioso é que estas relações de ficar são, paradoxalmente, relações de partir... sem culpa, sem afeto e sem satisfação. Apenas com o prazer fugaz de ter tido o mínimo de atenção disponibilizado pelo outro. Vasos de terra rasa com pouco espaço para o enraizamento da planta afetiva...

        E o que costuma ficar dessas relações é mesmo uma grande fome de amor e um grande vazio. Daí o enorme número atual de adeptos ao uso de drogas - tentativas de preenchimento do vazio deixado por um mundo afetivamente frustrante para toda uma geração de filhos\as que de certa forma são, desde sua tenra idade, ficantes de seus próprios pais e mães, que só os veem rapidamente e quando dá tempo.

Muitos pais e mães que trabalham fora justificam sua ausência da rotina dos filhos/as com o argumento de que precisam trabalhar, que a vida é dura, que o mercado de trabalho é exigente e que precisam de dinheiro para pagar as contas da família. Acredito que sim. 

Mas...será só isto??? Ou será que esta ausência também estaria calcada num sentido obtuso de mundo que prioriza o ter do que o ser e o estar??? 

 Educar dá trabalho, é cansativo, implica em renúncias, em lidar com o rame-rame da casa, com as dilemáticas relacionais e enfrentar o mundo doméstico - o qual muitos consideram perda de tempo e chatice - já que nem sempre tem o glamour da rua e do trabalho.         

       E não vai nisto nenhuma acusação aos pais e mães que - como eu - trabalham fora e estão sempre ocupados - mas, sim, um alerta para pensarmos para onde estamos caminhando com nossas escolhas e qual o impacto delas sobre a vida relacional de nossas filhos\as. Proponho nos perguntarmos que  modelo de relacionamento estaríamos   ensinando-lhes através do nosso modo de nos relacionarmos com eles.

Pois, o fato é que quando pai e mãe priorizam o trabalho, o dinheiro, o seu prazer pessoal e o seu sucesso, estão - sem quererem e sem terem consciência das duras consequências disto - se tornando os “primeiros ficantes dos filhos/as” e, possivelmente, ensinando-os a formarem vínculos nesta modalidade.

 


© amar@gmail.com
Todos os Direitos Reservados*.
Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais

Este texto pode ser reproduzido desde que se faça referência à autora e à fonte.
Modo de citação sugerido:
Ferreira, Valéria Giglio - Blog AMAR- EDUCAÇÃO CONJUGAL E FAMILIAR     

domingo, 18 de setembro de 2011

FIDELIDADE X INFIDELIDADE Parte 2

  Então, dizíamos que a infidelidade é uma forma de tentar manter uma relação a dois disfuncional apoiando-a sobre uma terceira pessoa e "triangulando" com ela. É algo como colocar um calço numa mesa bamba,  resgatando-lhe a estabilidade perdida ou  não consolidada.

    Porém, o problema de dar este tipo de "encaminhamento" para as dilemáticas matrimoniais é que, em geral, ele não resolve o problema conjugal subjacente e ainda cria outros adicionais.

    Numa reflexão clássica, a função social das/dos amantes é a de "estabilizar casamentos instáveis".

    Explicando: todo casal tem conflitos, porque, por mais que tenham afinidades, são duas pessoas diferentes e eventualmente discordam em algo de maior ou menor relevância. Estas diferenças precisariam ser confrontadas e negociadas dentro da parceria, em um acordo justo.

    Mas, este processo de confronto das diferenças considerando a  perspectiva de uma negociação justa implica em mudanças que, nem sempre, um ou ambos os cônjuges estão prontos ou dispostos a fazer.
    Então, marido e mulher vão "varrendo os conflitos para baixo do tapete" até que chega um momento em que o tapete conjugal está tão empoeirado que nenhum dos dois o suporta mais. Neste ponto, o nível de tensão no relacionamenrto  fica tão alto que um atrito mais sério ou disruptivo se torna iminente.

    Uma maneira de tentar abaixar o nível de tensão na relação a dois sem modificá-la, sem negociá-la  e sem rompê-la é jogar esta tensão numa terceira pessoa: a/o amante, que passa a ser usado/a como depositária/o do "lixo conjugal", ou seja, daquilo que o casal não consegue metabolizar a dois.

    E esta  costuma ser uma posição ilusória e cruel: o/a amante ilude-se com a fantasia de ter o/a parceiro/a do outro,  repetindo aí a fantasia infantil edipiana de casar-se com o pai ou com a mãe, ou seja, de tomar para si alguém já comprometido/a.

    Muito deste recurso de ter amantes remonta ao modelo de conjugalidade patriarcal, onde os homens eram ensinados que sua virilidade estava em jamais rejeitar sexo, fosse com quem fosse; e as mulheres eram ensinadas que a sua sexualidade só seria santa se fosse para fins procriativos. Um tremendo desencontro: eles tinham que ter sexo sempre e elas não podiam ter nunca. No bojo deste conceito de sexo como algo pecaminoso, as esposas acabavam "fazendo vista grossa" para a tercerização do "serviço".

    No limite extremo desta  leitura podemos dizer que o fato de os homens terem amantes, de trairem, fez quase que parte do modelo patriarcal de casamento e família. E que, de um modo ou de outro, cada um dos três "participantes" dava o seu encaixe para esta estrutura triangular.

   Desta ótica, observamos que a maioria dos homens que faziam uso deste expediente, o fazia sem a menor intenção de separar-se de sua esposa oficial. O terapeuta Frank Pittman, numa frase de impacto diz: "...a amante é uma empregada do casamento, quando ela quer passar de empregada à patroa é demitida!...".

   Reiteramos que  num caso de triangulação amorosa, cada um faz o seu papel: o/a cônjuge infiel o faz ao buscar uma solução para a problemática conjugal fora do casamento; a/o amante, ao entrar em uma relação já constituida - em geral buscando uma resolução edipiana tardia; e o/a cônjuge traido, ao permitir/aceitar a invasão em seu território. Cada qual, costumeiramente, tem motivos inconscientes para tal atitude.

   Então, numa história de infidelidade todos perdem algo valioso: o/a infiel perde seu senso de integridade, o/a traído perde seu território e o/a amante perde seu tempo numa relação sem expectativas reais.

   Mas, quem mais perde?  São os filhos/as que, impotentes e enredados nos desatinos de pai e mãe, ficam a mercê da perpetuação do sofrimento familiar.

Autora: Valéria Giglio Ferreira - Psicóloga


* "Fidelidade X Infidelidade"


© amar@gmail.com
Todos os Direitos Reservados*.
Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais

Este texto pode ser reproduzido desde que se faça referência à autora e à fonte.
Modo de citação sugerido:
Ferreira, Valéria Giglio - Blog AMAR- EDUCAÇÃO CONJUGAL E FAMILIAR     

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Resssentimentos Conjugais e o Abandono do AmorONO DO AMOR


O casal precisa estar atento para não acumular ressentimentos.

Cada ressentimento guardado funciona como um tijolinho que, ao longo dos anos, pode formar uma parede e afastá-los.

Proporcionalmente ao aumento da ação corrosiva da raiva não elaborada, vão diminuindo no interior da relação, a intimidade e as afinidades do casal, pois, "quem congela a raiva congela o amor".

Isto se dá na seguinte ordem:

Primeiro, conforme a paredinha dos ressentimentos começa a se constituir, lá de baixo, marido e mulher vão deixando de ir juntos aos mesmos lugares. Neste momento, seus pés já estão separados pelos tijolinhos tóxicos do não-resolvido.

Depois, quando a parede da raiva atinge a altura da cintura dos cônjuges, a sexualidade do casal é gravemente afetada e ocorre uma acentuada diminuição da sua atividade sexual conjunta.

A seguir, se a parede continua subindo e alcança a altura dos ombros do casal, eles já não se abraçam, seus corações estão distantes e pouco se encontram. Neste ponto, a afetividade  encontra-se em franco desmoronamento.

Então, com a parede dos ressentimentos na linha do pescoço, em suas gargantas eles já "não engolem um ao outro" e estarem próximos passa a ser insuportável.



Com entulhos e resíduos de sofrimento afetivo na marca dos olhos, os olhares dos parceiros amorosos já não se cruzam, pois, ao se confrontarem, o que veem nos olhos um do outro é a dor acumulada nos anos e anos de problemas não-resolvidos. Evitam esse encontro que é ao mesmo tempo um encontro de olhos e de almas. 

Assim, quando o casal coleciona mágoas e feridas amorosas, a outra consequência é que com o passar do tempo, tendem a se enxergar mais através da distorção dos ressentimentos do que como as pessoas que realmente são. 

Surge uma distorção do "eu", tanto na maneira de se colocarem um frente ao outro, como de verem um ao outro. 

Uma vez que estas imagens distorcidas, se cristalizem será muito difícil dissolvê-las.

Neste momento, dizemos a relação a dois se cristalizou, ficou enrijecida, imobilizada e que a partir dali os conjugês e também os familiares tenderão a contabilizar muito mais - quando existem - os móveis e os imóveis, as aparências e a fachada do que o amor que então, já terá perdido sua cor, seu sentido e sua a vitalidade. 

Em tão inóspito território, a plantinha daquele romance cheio de expectativas, excitação e encanto tenderá a se esvanecer empalidecendo-se numa relação em preto e branco, transformando se até mesmo num livro contábil de afetos e desafetos no qual o que se soma são os documentos, registros em cartório, contratos pré e pós nupciais, bem como os papéis judiciais e sociais que sobraram do velho amor abandonado.


Finalmente, com o paredão das mágoas na altura da cabeça, as mentes dos cônjuges já não encontram mais as afinidades, sonhos e excitações que os uniram. 

Aspectos inconscientes, interferências familiares, guerras de desgaste e joguinhos de poder reflexos de alianças com um passado não revogado, terão engolido o relacionamento e a separação conjugal se torna iminente. 

Nesta cenário, a única movimentação observável é a de marido e mulher virando a face um para o outro, aberta ou encobertamente. 

O risco derradeiro para o casamento cujos problemas foram sendo continuamente acumulados debaixo do tapete de uma rotina diária mal administrada é o de que o casal se afaste mais e mais chegando a se perderem um do outro, temporaria ou definitivamente. 


E assim...através do muro erguido com cada um dos tijolinhos dos conflitos e ressentimentos não-elaborados e não-negociados lá se vai o potencial de felicidade contido naquela união de corpos e de almas.

Que pena! 

Mais uma relação que poderia ter sido diferente, que poderia ter sobrevivido às pressões sistêmicas, às infantilidades dos cônjuges, ao seu despreparo para a vida a dois e familiar.

Mais uma relação que se perde... e que poderia ter tido seu  curso guiado para o Caminho da Felicidade... 

Um curso que não é fácil, que é cheio de imprevistos, de dificuldades pessoais, de manobras familiares conscientes e inconscientes, mas, principalmente um curso para o qual os cônjuges precisam estar preparados e orientados, se quiserem alcançar a tão desejada paz e harmonia familiar. 

Portanto, cônjuges:

"NÃO ACUMULEM RESSENTIMENTOS, LIMPEM A RELAÇÃO SEMPRE QUE NECESSÁRIO. ISTO DÁ TRABALHO, MAS, É VITAL PARA A SAÚDE E VITALIDADE DA PARCERIA AMOROSA ! "


© amar@gmail.com Todos os Direitos Reservados*.
Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais
Este texto pode ser reproduzido desde que se faça referência à autora e à fonte.
Modo de citação sugerido:
Ferreira, Valéria Giglio - Blog AMAR - ESCOLA DE CASAL E FAMÍLIA

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Separações por motivos fúteis podem ter um alto preço pessoal e para o sistema familiar.

As pessoas precisam começar a se acostumar com a idéia de se dedicarem e investirem no seu casamento.

A saúde conjugal requer um investimetno diário na relação a dois.

Se a relação esfria ou acumula conflitos, estes se transformam em distanciamento e enfraquecem o vínculo e a vontade dos cônjuges de estarem próximos um do outro.

Parceiros e parceiras precisam parar de achar que amar basta, que o seu grande amor e/ou sua grande paixão serão o bastante para fazer o casamento crescer e prosperar.

Sabemos que o amor é apenas o potencial, que precisa ser instrumentalizado e otimizado.

Marido e mulher precisam aprender a negociar conflitos e diferenças dentro da relação a dois, sem triangular com  filhos/as, familiares, amantes, amigos/as, trabalho, jogos de futebol, igreja, bebidas alcoólicas,etc.

Os consortes precisam renunciar à idéia nefasta - muitas vezes , presente antes mesmo de se casarem - de que "se não der certo, é só separar".

Não é "só separar".

Casar, tanto quanto, separar traz inúmeras consequências pessoais e familiares: psicológicas, emocionais,  patrimoniais, financeiras, etc., para todos/as os envolvidos direta ou indiretamente no sistema, especialmente, para os/as filhos/as e até mesmo para as gerações seguintes.

O recurso de separar-se e recasar-se é necessário e bem-vindo em muitas situações.

O que se discute aqui, não é "não-separar" e/ou  "não-recasar", é como este recurso está sendo feito e usado

Esta ideia nefasta e equivocada de que "é só separar" tira dos nubentes a consciência e a força necessárias à realização de tão grandioso projeto, afastando-os das soluções funcionais que impliquem em gasto de energia e determinação para atravessar os obstáculos naturais do processo de crescimento envolvidos na formação de casal e família.

Saber quando insistir com o casamento e quando desistir dele requer avaliação cuidadosa e amadurecimento das diversas e, muitas vezes, inconscientes questões presentes na escolha de um dos dois caminhos.

É preciso refletir até mesmo sobre a tentativa que alguns fazem de não fazer escolha alguma e "levar embolado" questão tão relevante.

Não escolher também é uma escolha e também tem consequências.

Toda escolha implica em uma renúncia, tem um ônus e um bônus.

O que não pode, é as pessoas negligenciarem o ônus, tanto de casar quanto de separar, casando e separando de modo irresponsável, fundamentando sua irresponsabilidade na ilusão de que separar é fácil e só traz vantagens, omitindo de si mesmas o alto preço envolvido nesta solução de conflitos conjugais e familiares, e depois, tendo que buscar entorpecentes e outras insanidades que dêem manutenção nesta sua ilusão. 

Separar tem um preço alto, casar tem um preço alto.

Ambas as escolhas podem conter em si potenciais destrutivos e/ou criativos. Quanto mais adequada a solução e a escolha do caminho, mais o seu potencial se manifestará de maneira destrutiva ou construtiva.  

A meu ver, de toda a grande confusão atual sobre os relacionamentos conjugais e familiares, a "separação fácil e ao alcance de todos" se coloca - como toda tentação que se preze - como solução simples para conflitos complexos.

Muitos/as, hoje em dia, alimentam a fantasiosa idéia de que "virar a página" será o bastante para se livrarem dos antigos problemas, e então, saem pelo mundo afora, formando instantaneamente novas parcerias.

Essas pessoas precisam se lembrar que para se construir a casa nova, a primeira medida é limpar o terreno, entretanto, elas insistem em construí-la sobre os escombros da velha casa derrubada e não percebem que esta atitude somente favorece o surgimento de novas rachaduras...  

Casamentos e separações sequenciais virou uma triste epidemia que assola muitas familias atuais: muitas uniões fúteis e muitas separações fúteis. Muitas feridas relacionais abertas ou ainda buscando cicatrização neste e, talvez, nas próximas gerações.

Diante de uma separação, as pessoas precisam - necessariamente - se perguntar onde elas próprias colaboraram para aquele desfecho. Se não fazem isto, tendem a repetí-lo.
 
Ao se divorciarem, os "ex" precisam ainda, ter em mente que "o casal conjugal até pode se separar, mas, o casal parental, não". Ambos seguirão juntos como pai e mãe das crias que a relação gerou e ao se separarem, não podem abandonar e/ou rejeitar os frutos da relação amorosa que acabou. A relação de ambos segue no nível da parentalidade.
 
Ex- cônjuges precisam estar atentos para que não sobrem da ruptura do ex-vínculo, além das dolorosas feridas relacionais, inúmeros filhos e filhas desamparados/as, sofrendo de abandono doméstico e se sentindo trocados pela busca desenfreada - e em parte inconsciente - de sucesso e prazer pessoal que dominam tantos pais e mães contemporâneos.


Nesta sofrida condição, esses filhos/as tendem  se tornar crianças e adultos ansiosos, descrentes do casamento, da família, das relações humanas e da vida; em geral, confiando mais nas drogas do que nas pessoas como fonte de amparo para as angústias e prazeres da  existência.

Então, muitas vezes, tanto para filhos/as de casais casados como de casais separados, as drogas são mais disponíveis do que pai e mãe, que estão sempre ausentes cuidando das suas coisas. Neste contexto, as drogas ganham muito terreno, porque oferecem mais, do tão pouco que muitos/as jovens tem da atenção e da disponibilidade relacional de pai e mãe.

Mas, via de regra, estes processos não são, sequer, conscientes. As pessoas não "se perdem" por querer; simplesmente as coisas vão acontecendo aleatoriamente à sua percepção das consequências.

Muitas pessoas, embora sejam excelentes indivíduos, sujeitos que querem acertar, não tem - e muitos/as também, nem querem ter - consciência das duras e sérias consequências das separações conjugais, principalmente das separações por motivos fúteis.

É preciso quebrar esta ciranda de casamentos e separações inconsequentes.

É preciso recuperar o sentido profundo, e até, sagrado de formar casal e família.



© amar@gmail.com Todos os Direitos Reservados*.
Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais


Este texto pode ser reproduzido desde que se faça referência à autora e à fonte.
Modo de citação sugerido:
Ferreira, Valéria Giglio - Blog AMAR - ESCOLA DE CASAL E FAMÍLIA

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Psicologia e Política

POVO-GIGANTE-ADORMECIDO DESPERTANDO DO GRANDE SONO, SE APROPRIANDO DA SUA HISTÓRIA NO CAMINHO DA VIDA PLENA...

Política 1: "Mudança de mentalidade e de sentido de vida"

Acredito que mais do que a mudança deste ou daquele/a político, deputado, prefeito/a, presidente, etc, seja necessária uma mudança de mentalidade, uma mudança no jeito de encarar o sentido da vida, de modo que as pessoas eleitas consigam, depois que adquirem o poder, ter o mesmo pensamento e valores que tinham antes de adquirí-lo.  
Sem isto, é o que temos visto: inúmeros casos em que, uma vez eleitas, as pessoas se transfiguram e são absorvidas pelo sistema, passando a alimentá-lo num ciclo que já dura séculos e séculos. 
Não adianta mudar os atores/atrizes se os personagens e o script continuarem os mesmos: surge a repetição do antigo texto.
Faz-se necessária uma mudança maior: uma mudança de mentalidade e de sentido de vida. 
Mas,  precisamos ter em mente que resistência às mudanças fazem parte deste processo, porque as mudanças desacomodam quem se beneficiava da situação anterior. Quando surge a mudança há o levante da resistência a ela. Cabe a quem deseja a nova situação, firmar sua  posição e dar visibilidade e concretude às mudanças.

Política 2 - "Usando (mau-usando)  a fragilidade do povo sofrido"


É preciso lembrar que a população, em sua grande parte, vivencia situações de desamparo tão profundas, tão agudas e tão antigas que qualquer um/uma que acene com um estender de mão passa a ser visto como salvador, como protetor e que é desse desamparo que os predadores socias, também chamados "vampiros sociais" se alimentam.  
Existe ainda, em muita gente, uma falta de consciência sobre o valor e o peso da cada único voto para o conjunto da população. As pessoas, em geral, consideram seu voto como apenas mais um, e portanto, acreditam que se o venderem por uma cerveja ou por um bocado de ilusão, isto não fará mal ao conjunto da sociedade; ainda não perceberam que é justamente este mecanismo que elege muitos dos/as pilantras que estão por aí e que depois, serão os primeiros a sugá-los.

Política 3: "Mudando a auto-imagem de um povo"
 

Já se faz necessária a mudança de mentalidade dos brasileiros/as: de povo passivo (às vezes, muitos confundem povo pacífico com povo passivo) para povo pró-ativo, povo que acredita no resultado de sua ação. Mas, essa crença só vai ocorrer se as ações concretas começarem a dar resultados concretos.
Durante séculos e séculos, enquanto povo brasileiro, fomos associando indignação, injustiças e revolta com repressão, torturas, tudo terminar em pizza.
Então, o cérebro por uma questão de economia de energia vital, pula essa parte da reação e vai logo para a depressão.
Esta situação vai constituindo a baixa autoestima do povo brasileiro, que passou a interpretar que se tudo isto ocorre é porque o povo não vale nada. Precisamos desconstruir esse condicionamento básico da população.
Para isto, precisamos obter novas respostas práticas e emocionais para nossas atitudes sociais.
Conforme obtivermos resultados eficazes para nossas atitudes sociais, pouco-a-pouco, a auto-imagem do povo brasileiro tende a melhorar, assim como, sua autoestima, senso de valor, de respeito e de merecimento.


Política 4: "O doce conforto da ignorância"

Creio que depois de uma geração consciente, que abriu a estrada de um novo tempo, que questionou os valores patriarcais, regras e estruturas há séculos estabelecidas, mas, marcada pela re-ação da Ditadura Militar com suas torturas e perseguições políticas, surgiu uma geração com tendências à apatia e à alienação (vide uso de drogas), exatamente como convém ao poder estabelecido. 
Uma geração marcada pelo individualismo e pela busca do prazer imediato. 
Entretanto, isso não é bom, pois, em algum momento, a vida costuma apresentar a conta do doce conforto da ignorância e em algum momento a falta de consciência cobra o seu preço.

Política 5 - Evolução pessoal e social: abrindo mão do "benefício secundário" 

Todo processo de cura pessoal ou social passa pelo dilema: ficar com o sintoma e com o "benefício secundário" que o sintoma traz X sarar e abrir mão do "benefício secundário" adquirido através da disfunção. Vemos isto nas duas instâncias. Exemplos: 
Nível individual: sarar e perder os privilégios familiares advindos da situação de enferma/o X continuar enferma/o e preservar os privilégios familiares adquiridos através do sintoma. 
Nível social: previnir e melhorar as condições de tráfego, aumentando a consciência no trânsito, diminuindo as multas, e portanto, diminuindo o faturamento advindo delas X  melhorar o trânsito e abrir mão do faturamento vindo das multas. O que fazem atualmente, na maioria das cidades brasileiras é optarem pelas multas em detrimento das melhorias. 
considero a contra-mão do processo evolutivo! Então,  para melhorar o trânsito teriamos que eliminar o "benefício secundário" que sua ineficiência proporciona. 
Este é o dilema de muitos processos disfuncionais: "para abrir mão do sintoma, o sistema precisa estar disposto a abrir mão dos benefícios secundários que o sintoma gera". É um dos preços de evoluir, de se desenvolver.
 
 Política 6: "A arte da negociação das diferenças"

Creio que já seja hora de praticarmos a "arte da negociação das diferenças".
Quando isto ocorre, todos crescem porque agregam algo do pensamento do outro e o outro agrega algo do pensamento do um: sempre há pontos convergentes na medida em que partilhamos da mesma humanidade. 
Porém, para isto são necessárias a prática da humildade, acolhimento e abertura. 
Precisamos tentar, e assim, costuraremos um mesmo tecido social." 


© amar@gmail.com Todos os Direitos Reservados*.
Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais


Este texto pode ser reproduzido desde que se faça referência à autora e à fonte.
Modo de citação sugerido:
Ferreira, Valéria Giglio - Blog AMAR - ESCOLA DE CASAL E FAMÍLIA

quarta-feira, 6 de abril de 2011

CAMPANHA: VAMOS VIVER COM MAIS CALMA. BASTA DE CORRERIA!


  1. CHEGA DE CORRERIA.
  2. BASTA DE EXPOR A VIDA POR CAUSA DA CORRERIA. 
  3. PRECISAMOS APRENDER A RENUNCIAR À AMBIÇÃO DESMEDIDA EM FAVOR DA VIDA E DA SAÚDE.  
  4. CHEGA DE RESPONDERMOS: "AH! ESTÁ TUDO BEM...NA CORRERIA!" SE ESTÁ NA CORRERIA, NÃO ESTÁ NADA BEM! NÃO FOMOS PROGRAMADOS PARA VIVER PERMANENTEMENTE  COM PRESSA. CORRERIA FAZ MAL À SAÚDE HUMANA.
  5. BASTA DE JUSTIFICARMOS O CORRE-CORRE COMO SE FOSSE INERENTE AO NOSSO DIA-A-DIA E CONTINUAR CORRENDO PRÁ LÁ E PRÁ CÁ, COMO SE ISSO FOSSE NORMAL. NÃO É NORMAL. NADA NA NATUREZA É ASSIM. 
  6. CHEGA DE ACORDARMOS CORRENDO, ASSUSTANDO O CORPO.
  7. CHEGA DE COMERMOS CORRENDO, ENGOLINDO A COMIDA, SOBRECARREGANDO O CORAÇÃO.
  8. CHEGA DE NAMORAR CORRENDO, AMAR CORRENDO, CONVERSAR CORRENDO, TRABALHAR CORRENDO, TELEFONAR CORRENDO, VIVER CORRENDO NUMA EPIDEMIA MUNDIAL DE ANSIEDADE. 
  9. BASTA DE NÃO TERMOS DISPONIBILIDADE DE TEMPO PARA QUEM AMAMOS.
  10. CHEGA DE ESTARMOS SEMPRE PRESSIONADOS, APRESSADOS/AS. PRESSA PARA CHEGAR AONDE???
  11. BASTA DE PASSARMOS POR CIMA DO DIREITO DOS OUTROS, DA ÉTICA E ALIVIAR A CONSCIÊNCIA DIZENDO A SI MESMO QUE A VIDA É ASSIM.
  12. CHEGA DE INDIVIDUALISMO.
  13. DE CADA UM QUERER FAZER TUDO O QUE QUER E ACHAR QUE ISSO É LEGÍTIMO, QUE AFINAL DE CONTAS, NÃO PODEMOS TER FRUSTRAÇÕES, NEM, REPRESSÕES.
  14. BASTA DESSA IDEOLOGIA CONSUMISTA QUE NOS DIZ QUE SÓ PODEMOS SER FELIZES ADQUIRINDO MAIS E MAIS COISAS, AFIRMANDO NOSSA POSIÇÃO SOCIAL.  
  15. CHEGA DE POUPARMOS OS INFRATORES E SACRIFICARMOS OS INOCENTES.
  16. DE ADIARMOS O IMPORTANTE.
  17. DE PERDERMOS O FOCO DANDO OUVIDOS ÀS TENTAÇÕES, NOS AFASTANDO DO SENTIDO E DO PROPÓSITO EXISTENCIAL DE CADA UM.
  18. DE TROCARMOS O ESSENCIAL PELO SUPÉRFLUO.
  19. DE BEBERMOS DEMAIS, CONSUMIRMOS DEMAIS, NOS ALIENARMOS DEMAIS.
  20. BASTA DE QUERERMOS PRAZER DEMAIS, SEM PERCEBERMOS QUE O QUE MANTÉM O PRAZER É O CONTROLE DO PRAZER. EXCESSO DE PRAZER NÃO É NORMAL: ISTO DESESTABILIZA O SÚTIL EQUILÍBRIO DA VIDA.
  21. CHEGA DE TANTAS SEPARAÇÕES CONJUGAIS DESNECESSÁRIAS E POR MOTIVOS FÚTEIS, DE TANTA INTOLERÂNCIA, DE RELACIONAMENTOS AMOROSOS MARCADOS PELA COMPETIÇÃO E NÃO PELA COOPERAÇÃO QUE OS PRESSUPÕE.
  22. CHEGA DE TANTOS DESATINOS RELACIONAIS, DE TANTAS RELAÇÕES LOUCAS.
  23. DE ACHARMOS QUE TEMOS DIREITO DE FAZER TUDO O QUE QUEREMOS. NÃO PODEMOS. NÃO SEMPRE.
  24. BASTA DE EXPORMOS A VIDA POR CAUSA DA CORRERIA, DA EUFORIA. PRECISAMOS NOS LEMBRAR DE NÃO NEGLIGENCIARMOS REGRAS E ÍTENS DE SEGURANÇA POR CAUSA DA PRESSA, LEMBRANDO-NOS QUE "O PERIGO FICA MAIS PERIGOSO QUANDO É NEGLIGENCIADO".
  25. CHEGA DE CORRERIA. 
  26. PELO RETORNO AO QUE É SIMPLES E CALMO.
  27. VAMOS DESACELERAR.
  28. VAMOS VIVER COM MAIS CALMA E SERMOS MAIS ZELOSOS COM AS VIDAS HUMANAS, REVENDO NOSSOS VALORES E O QUE REALMENTE NOS FAZ FELIZES.
  29. CORRERIA MEXE COM O SENTIDO DA VIDA. NA CORRERIA DEIXAMOS NOSSO LUGAR DE HUMANOS QUE NASCERAM PARA SER FELIZES PARA NOS TORNARMOS APENAS A PEÇA DE UMA MÁQUINA DE PRODUÇÃO EM LARGA ESCALA QUE NÃO PARA DE GIRAR. CHEGA DISTO! 
  30. PRECISAMOS RESGATAR NOSSO LUGAR PLANETÁRIO DE SERES DE LUZ...

 © amar@gmail.com
Todos os Direitos Reservados*.
Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais

Este texto pode ser reproduzido desde que se faça referência à autora e à fonte.
Modo de citação sugerido:
Ferreira, Valéria Giglio - Blog AMAR- EDUCAÇÃO CONJUGAL E FAMILIAR