Celebre e agradeça a vida como grande bênção...

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Deus ilumine o Brasil e o mundo, em nome de Jesus Cristo! Amém!

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Parabéns, Srs. juizes...Continuem assim. Cuspam bastante na cara do povo...Ignorem bastante o sofrimento do povo saqueado e, depois, acertem as suas contas com o Universo: vocês e seus\suas comparsas em roubar a população. Mas, não se enganem: o Universo, a seu tempo, fará a justiça prevalecer...

sábado, 20 de outubro de 2012

O VAGALUME E A SERPENTE - Baseado em uma história real...



Por Valéria Giglio Ferreira

Era uma vez, uma dissimulada Serpente que vivia a perseguir um Vagalume. 

Como em todas as histórias envolvendo as peçonhentas e os delicados, mas, iluminados bichinhos, não havia nada que o Vagalume tivesse feito à serpente que justificasse tal perseguição, a não ser o fato de brilhar onde quer que fosse: todos gostavam dele, tinha bom papo, inteligência, vivacidade e charme. 

Por tudo isso, mas, principalmente pelo fato de saber amar, era tão perseguido pela malvada.

O coitado não tinha paz! Vivia cercado de telefonemas, assédios, intromissões em sua vida pessoal, maus conselhos, sem contar os olhares fiscalizantes e os maus-olhados vindos da disfarçada réptil.

Mas, é claro que a dissimulada cobra não mostrava seus dentes venenosos assim tão facilmente...

Sua estratégia para capturar o lindo Vagalume eram aquelas próprias dos predadores mais camuflados: fazia-se de boazinha, gentil, amiga e generosa. 

Ela usava desses artifícios para desarmar as defesas da sua presa, de modo a ir pouco-a-pouco apagando a sua luz.

Hipnotizado pela fala da serpente, o Vagalume já não ouvia mais ninguém...Nem mesmo aqueles/as que mais o amavam...

Pessoas que o queriam muito bem alertavam-no para que não desse ouvidos à perversa, que havia perigo, que colocasse limites no contato com ela, que se protegesse...

Ao que ele respondia: "- não, ela é boa".

Avisos ignorados...

Conforme passava o tempo, a ação venenosa da víbora ia mostrando seus efeitos e a luz do Vagalume começou a diminuir: primeiro ele se afastou daqueles que o amavam e que poderiam alertá-lo sobre a inimiga, depois, abandonou seu trabalho onde era um sujeito criativo e brilhante e, também já não brilhava nos campos e nas festas onde sua presença sempre havia sido muito requisitada. 

Devagarinho ele recolheu-se amedrontado nos escurinhos das matas, acreditando que a sua salvação estava em permanecer leal e amigo da falsa serpente.

E assim, passaram-se os anos...

A malvada sempre por perto não perdendo de vista sua presa no obstinado objetivo de destruir o Vagalume e livrar-se de sua insuportável luz.

Considerando-se que no mundo animal tudo se dá de modo bastante primitivo, até hoje não se sabe se a Serpente tinha ou não plena consciência de suas maldades...

O fato é que o Vagalume foi ficando isolado, definhando, definhando...abatido por sua própria escolha - ainda que inconsciente - de ter renunciado à própria luz. 

Surpreendentemente, num certo dia ele despertou e percebeu o que havia acontecido. 

Neste momento, de súbito ele perguntou à Dona Tigresa, uma amiga em quem muito confiava: 

"-Mas, você acha que ela (a serpente) não gosta de mim???".

Pela primeira vez, o já muito fragilizado e doente Vagalume havia se dado conta do ocorrido, e então - somente então - permitiu se fazer esta pergunta: será que a Serpente realmente gostava dele? 


Ele havia despertado, suas ilusões haviam se acabado...

Mas, era tarde demais e a sua luz se apagou.

Aí sim, a Serpente libertou-se das suas máscaras e mostrou sua verdadeira face traiçoeira!

Em seguida, porém, ela retomou sua dissimulação usual e saiu de fininho como se não tivesse nada a ver com aquela situação, como se o tempo todo só tivesse tentado ajudar, ocultando assim sua ação nefasta. 

Mas...em seus lábios via-se a clara expressão de triunfo. 

E o Vagalume se foi...deixando em seu lugar muita tristeza naqueles que o amavam, muitas lições e reflexões.

Dona Tigresa, inconformada, chorou demais ao ver seu amigo  partir. 

Ela sabia que a partir dali, não aconteceriam mais os divertidos encontros e bate-papos com ele à luz do luar, quando sua graciosidade era mais espantosa e seu brilho mais intenso... 

Ainda hoje, ela chora tristonha quando ele lhe vem à mente...

Porém, ficaram as lições sobre o Vagalume e a Serpente.

Lições principalmente sobre a inveja, as rivalidades encobertas e a confirmação de que, muitas vezes, o que incomoda os outros em alguém é simplesmente a capacidade inata que alguns seres têm de brilhar.  


* Inspirado na fábula "A Serpente e o Vagalume".
   Releitura feita por Valéria Giglio Ferreira.

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Modo de citação sugerido:
Ferreira, Valéria Giglio - Blog AMAR - ESCOLA DE CASAL E FAMÍLIA