Quem sou eu
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terça-feira, 28 de maio de 2013
sábado, 4 de maio de 2013
IDENTIFICAÇÕES DE NOME E DE TRAÇOS FISIONÔMICOS
A Psicologia vem jogando uma certa luz sobre a questão das possíveis identificações que cada um de nós, eventualmente, pode fazer com familiares ou outras pessoas significativas diretamente para nós ou para outros membros de nossa família.
Identificar-se neste contexto, significa sentir-se como a pessoa ou no lugar da pessoa com a qual se esteja identificado/a.
Estas identificações podem acontecer principalmente com relação a familiares que já se foram ou que por algum motivo - conhecido ou desconhecido - se afastaram do contato direto com o sistema familiar e seus membros.
O contexto em que isto ocorre tem muitas vezes o cenário das semelhanças de corpo, de traços fisionômicos ou de nome.
Quando ou se isto ocorre, inconscientemente, a pessoa que esteja identificada com outra pode passar a achar que tem que ter uma história igual ou semelhante à história da pessoa com a qual está identificada.
Cada um de nós é, até certo ponto, vulnerável a estes processos, e as crianças muito mais, por absorverem facilmente os conteúdos inconscientes do seu sistema familiar.
A Psicologia também vem mostrando que isto pode ser ainda mais significativo no caso de pessoas nomeadas em homenagem a outras pessoas.
Nomear uma criança está longe de ser algo desprovido de significados. Ao contrário, ao escolherem no imenso elenco de nomes próprios possíveis, este ou aquele para nomearem seu filho ou sua filha, pai e mãe costumam fazer esta escolha mergulhados em expectativas conscientes ou inconscientes, a respeito do que esperam daquele serzinho.
Existem alguns indícios de que a similitude do nome, poderia aumentar um pouquinho mais o risco de identificação do nomeado com a história da pessoa homenageada.
Nesses casos, consciente ou inconscientemente, esta identificação precisa ser desfeita para que o indivíduo se reaproprie da sua liberdade de crescimento e\ou prossiga em seu desenvolvimento perfeito.
Assim, livre dessas pressões e expectativas inconscientes do sistema familiar para que ele\ela seja desta ou daquela forma, livra-se de assumir uma identidade que não seja verdadeiramente sua.
São processos inconscientes. Mas, o importante é "garantir" que cada um se sinta livre para ter a sua própria história e escrever seu próprio enredo sem estar emaranhado na história de outrém homonimo ou com quem guarda qualquer tipo de semelhança - esta liberdade confere energia vital e fortalece a saúde.
Na tentativa de evitar ou desmanchar possíveis identificações, pode-se dizer algo assim: você tem o nome de fulano/a - que nós amamos e admiramos muito - mas, não é fulano\a; você é outra pessoa e tem direito de ter a sua própria história.
Deve-se frisar isto tanto quanto necessário, até que esteja claro para todos que, ao nomearem a criança, pai e mãe, não pretendiam - ainda que inconscientemente - reeditar o outro sujeito.
Cada um cada um, cada um com o direito a ter sua própria história.
É que quando o nome é igual ou parecido, podem surgir confusões no plano do psiquismo.
Lembrando que a palavra confusão vem da palavra "com" mais a palavra "fusão", ou seja, o indivíduo pode ser sentir fundido com o outro sujeito de mesmo nome ou com quem "se parece", como dizem .
Pai e mãe precisam estar alertas para este risco e desmanchar a "con-fusão" antes que ela se faça presente na cabecinha das crianças.
Mas, mesmo que a pessoa não esteja identificada com ninguém, a verbalização clara da pauta tende a conferir clareza ao assunto, promovendo uma assepcia psicológica sobre o tema, isto é, evita confusões de identidade.
Acima de tudo, quando pai e mãe - que nomearam a criança, verbalizam este ponto, estão a legitimar o direito da pessoa de ter a sua própria história, diferentemente da história da pessoa homenageada.
No meu caso, o problema não foi o nome, mas, a semelhança de traços fisionômicos.
Desde pequena escutei minha família dizer que sou muito parecida com uma parente e por isso, me perguntava se será que, então, eu tinha que ser como ela.
Caminhei com o peso desta dúvida e deste desconforto por muito tempo...
Só na maturidade aprendi a me proteger desta pressão sistêmica para a identificação com o outro.
Foi quando então, passei a dizer: "- ah, até posso até ser parecida, mas, só nas qualidades!
Não que não goste da minha parente; gosto dela e até deveria me sentir lisonjeada porque ela tem muitas qualidades, mas, é que não quero ser parecida com quem quer que seja, se for para me sentir pressionada a fazer as mesmas escolhas que a pessoa fez.
Se Deus assim o permitir, o que desejo é poder ser livre para fazer minhas próprias escolhas e ter a minha própria história!
Valéria Giglio Ferreira - Psicóloga
© amar@gmail.com Todos os Direitos Reservados*.
Identificar-se neste contexto, significa sentir-se como a pessoa ou no lugar da pessoa com a qual se esteja identificado/a.
Estas identificações podem acontecer principalmente com relação a familiares que já se foram ou que por algum motivo - conhecido ou desconhecido - se afastaram do contato direto com o sistema familiar e seus membros.
O contexto em que isto ocorre tem muitas vezes o cenário das semelhanças de corpo, de traços fisionômicos ou de nome.
Quando ou se isto ocorre, inconscientemente, a pessoa que esteja identificada com outra pode passar a achar que tem que ter uma história igual ou semelhante à história da pessoa com a qual está identificada.
Cada um de nós é, até certo ponto, vulnerável a estes processos, e as crianças muito mais, por absorverem facilmente os conteúdos inconscientes do seu sistema familiar.
A Psicologia também vem mostrando que isto pode ser ainda mais significativo no caso de pessoas nomeadas em homenagem a outras pessoas.
Nomear uma criança está longe de ser algo desprovido de significados. Ao contrário, ao escolherem no imenso elenco de nomes próprios possíveis, este ou aquele para nomearem seu filho ou sua filha, pai e mãe costumam fazer esta escolha mergulhados em expectativas conscientes ou inconscientes, a respeito do que esperam daquele serzinho.
Existem alguns indícios de que a similitude do nome, poderia aumentar um pouquinho mais o risco de identificação do nomeado com a história da pessoa homenageada.
Nesses casos, consciente ou inconscientemente, esta identificação precisa ser desfeita para que o indivíduo se reaproprie da sua liberdade de crescimento e\ou prossiga em seu desenvolvimento perfeito.
Assim, livre dessas pressões e expectativas inconscientes do sistema familiar para que ele\ela seja desta ou daquela forma, livra-se de assumir uma identidade que não seja verdadeiramente sua.
São processos inconscientes. Mas, o importante é "garantir" que cada um se sinta livre para ter a sua própria história e escrever seu próprio enredo sem estar emaranhado na história de outrém homonimo ou com quem guarda qualquer tipo de semelhança - esta liberdade confere energia vital e fortalece a saúde.
Na tentativa de evitar ou desmanchar possíveis identificações, pode-se dizer algo assim: você tem o nome de fulano/a - que nós amamos e admiramos muito - mas, não é fulano\a; você é outra pessoa e tem direito de ter a sua própria história.
Deve-se frisar isto tanto quanto necessário, até que esteja claro para todos que, ao nomearem a criança, pai e mãe, não pretendiam - ainda que inconscientemente - reeditar o outro sujeito.
Cada um cada um, cada um com o direito a ter sua própria história.
É que quando o nome é igual ou parecido, podem surgir confusões no plano do psiquismo.
Lembrando que a palavra confusão vem da palavra "com" mais a palavra "fusão", ou seja, o indivíduo pode ser sentir fundido com o outro sujeito de mesmo nome ou com quem "se parece", como dizem .
Pai e mãe precisam estar alertas para este risco e desmanchar a "con-fusão" antes que ela se faça presente na cabecinha das crianças.
Mas, mesmo que a pessoa não esteja identificada com ninguém, a verbalização clara da pauta tende a conferir clareza ao assunto, promovendo uma assepcia psicológica sobre o tema, isto é, evita confusões de identidade.
Acima de tudo, quando pai e mãe - que nomearam a criança, verbalizam este ponto, estão a legitimar o direito da pessoa de ter a sua própria história, diferentemente da história da pessoa homenageada.
No meu caso, o problema não foi o nome, mas, a semelhança de traços fisionômicos.
Desde pequena escutei minha família dizer que sou muito parecida com uma parente e por isso, me perguntava se será que, então, eu tinha que ser como ela.
Caminhei com o peso desta dúvida e deste desconforto por muito tempo...
Só na maturidade aprendi a me proteger desta pressão sistêmica para a identificação com o outro.
Foi quando então, passei a dizer: "- ah, até posso até ser parecida, mas, só nas qualidades!
Não que não goste da minha parente; gosto dela e até deveria me sentir lisonjeada porque ela tem muitas qualidades, mas, é que não quero ser parecida com quem quer que seja, se for para me sentir pressionada a fazer as mesmas escolhas que a pessoa fez.
Se Deus assim o permitir, o que desejo é poder ser livre para fazer minhas próprias escolhas e ter a minha própria história!
Valéria Giglio Ferreira - Psicóloga
© amar@gmail.com Todos os Direitos Reservados*.
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Modo de citação sugerido:
Ferreira, Valéria Giglio - Blog AMAR - ESCOLA DE CASAL E FAMÍLIA
quinta-feira, 2 de maio de 2013
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