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quarta-feira, 4 de abril de 2012

FIDELIDADE X INFIDELIDADE - Parte 2


Parte 2

Valéria Giglio Ferreira - www.amar.psc.br

Então, dizíamos que a infidelidade é uma forma de tentar manter uma relação a dois disfuncional apoiando-a sobre uma terceira pessoa e "triangulando" com ela. 

É algo como colocar um calço numa mesa bamba, resgatando-lhe a estabilidade perdida ou não consolidada.

Porém, o problema de dar este tipo de "encaminhamento" para as dilemáticas matrimoniais é que, em geral, ele não resolve o problema conjugal subjacente e ainda cria outros adicionais.

Numa reflexão clássica, a função social das/dos amantes é a de "estabilizar casamentos instáveis".

Explicando: todo casal tem conflitos porque por mais que tenham afinidades são duas pessoas diferentes e eventualmente discordam em algo de maior ou menor relevância. Estas diferenças precisariam ser confrontadas e negociadas dentro da parceria em um acordo justo.

Mas, este processo de confronto das diferenças considerando a perspectiva de uma negociação justa implica em mudanças que nem sempre um ou ambos os cônjuges estão prontos ou dispostos a fazer.

Então, marido e mulher vão "varrendo os conflitos para baixo do tapete" até que chega um momento em que o tapete conjugal está tão empoeirado que nenhum dos dois o suporta mais.

Neste ponto o nível de tensão no relacionamento fica tão alto que um atrito mais sério ou disruptivo se torna iminente.

Uma maneira de tentar abaixar o nível de tensão na relação a dois sem modificá-la, sem negociá-la e sem rompê-la é jogar esta tensão numa terceira pessoa: a/o amante, que passa a ser usado/a como depositária/o do "lixo conjugal", ou seja, daquilo que o casal não consegue metabolizar a dois.

E esta costuma ser uma posição ilusória e cruel: o/a amante ilude-se com a fantasia de ter o/a parceiro/a do outro repetindo aí a fantasia infantil edipiana de casar-se com o pai ou com a mãe, ou seja, de tomar para si alguém já comprometido/a.

Muito deste recurso de ter amantes remonta ao modelo de conjugalidade da família patriarcal onde os homens eram ensinados que sua virilidade estava em jamais rejeitar sexo fosse com quem fosse e as mulheres eram ensinadas que a sua sexualidade só seria santa se fosse para fins procriativos.

Um tremendo desencontro: eles tinham que ter sexo sempre e elas não podiam ter nunca.

No bojo deste conceito de sexo como algo pecaminoso as esposas acabavam "fazendo vista grossa" para a "terceirização do serviço".

No limite extremo desta leitura podemos dizer que o fato de os homens patriarcais terem amantes e de traírem suas esposas fez quase que parte do modelo patriarcal de casamento e família, e que, de um modo ou de outro, cada um dos três "participantes" dava o seu encaixe para esta estrutura triangular.

A divisão do psiquismo feminino no patriarcado determinava que as mulheres escolhessem entre duas opções: serem as santas mães de família - e aí abriam mão do prazer - ou, serem prostitutas/amantes onde então abririam mão da honra. Os homens ficavam com duas delas: para esposas, as santas mães de família e para sexo, lazer e prazer as amantes e prostituas.

Desta ótica, observamos com clareza que a maioria dos homens que faziam uso deste expediente, o fazia sem a menor intenção de separar-se de sua esposa oficial.

O terapeuta Frank Pittman, numa frase de impacto diz: "...a amante é uma empregada do casamento, quando ela quer passar de empregada à patroa é demitida!...".

Reiteramos que num caso de triangulação amorosa, cada um faz o seu papel: o/a cônjuge infiel o faz ao buscar uma solução para a problemática conjugal fora do casamento; a/o amante, ao entrar em uma relação já constituída - em geral buscando uma resolução edipiana tardia; e o/a cônjuge traído, ao permitir/aceitar a invasão em seu território. E cada qual com claros motivos inconscientes para tal atitude.

Então, numa história de infidelidade todos perdem algo valioso: o/a infiel perde seu senso de integridade, o/a traído perde seu território e o/a amante perde seu tempo numa relação sem expectativas reais.

Mas, quem mais perde?

São os filhos/as que, impotentes e enredados nos desatinos de pai e mãe, ficam a mercê da perpetuação do sofrimento familiar.

* Veja também: "Fidelidade X Infidelidade - Parte 1"

Psicoterapia Individual - Casal - Familiar
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Este texto pode ser reproduzido desde que se faça referência à autora e à fonte.
Modo de citação sugerido:
Ferreira, Valéria Giglio - Blog AMAR- EDUCAÇÃO CONJUGAL E FAMILIAR

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Valéria Giglio Ferreira
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