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Deus ilumine o Brasil e o mundo, em nome de Jesus Cristo! Amém!

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Parabéns, Srs. juizes...Continuem assim. Cuspam bastante na cara do povo...Ignorem bastante o sofrimento do povo saqueado e, depois, acertem as suas contas com o Universo: vocês e seus\suas comparsas em roubar a população. Mas, não se enganem: o Universo, a seu tempo, fará a justiça prevalecer...

segunda-feira, 8 de junho de 2015

A Síndrome de "FILHO MARIDO"

A Síndrome de "FILHO MARIDO"

Valéria Giglio Ferreira - Psicóloga e Educadora
www.amar.psc.br

Os maridos e pais patriarcais são fundamentalmente distantes do lar e do mundo doméstico.
As mulheres patriarcais são mulheres fundamentalmente carentes: de afeto, companhia masculina e sexo; então, mergulhadas no distanciamento do marido elas tendem a grudar nos filhos e filhas transformando-os no que chamamos "filhos maridos".

Em geral, um dos filhos é o eleito para desempenhar este papel.

Normalmente, "filho marido" é um fenômeno psicológico direcionado aos "filhos homens", mas, também encontramos "filhas marido", principalmente, hoje em dia já que as mulheres trabalham, ganham seu dinheiro e também podem fazer o papel de provedoras da mãe: sejam provedoras financeiras ou de afeto.
"Filho marido" é um subproduto da dinâmica conjugal patriarcal.

O "filho marido" é aquele para quem o pai, em sua saída, diz: "...agora você é o homenzinho da casa, cuida da sua mãe...", aquele que faz as vezes do pai ausente protegendo a sua mãe, abastecendo-a em sua carência afetiva, aquele que leva a sua mãe ao supermercado, que a leva para fazer visita na casa da tia, etc., etc., mas, mais notadamente aquele que se sente responsável por abrandar a carência da mãe em seu abandono amoroso e sexual.

Dos filhos/as, é também aquele cujo desenvolvimento psicossexual em sua forma adulta tenderá a estar mais comprometido justamente pelo seu envolvimento nas lacunas deixadas pelo casal parental, o que pode significar uma vida conjugal ausente ou de baixa satisfação a dois - exatamente como a de seus pais. Muitas vezes, são filhos\as que manterão inativo este aspecto da vida, justamente fazendo frente à sua renúncia ao processo de amadurecimento psicossexual que o\a levaria para longe da casa parental.

Uma triste renúncia...Mas, não cheia de rancor para com seus irmãos\ãs que, apesar dos apelos e dramas maternos, decidiram seguir a sua própria vida...

Em geral, a acusação feita aos irmãos é de que ficou com os pais. O que é verdade por um lado , mas, oculta sua própria decisão de continuar com os benefícios de não enfrentar a vida como um adulto\a.
Verificamos uma dependência recíproca: pai e mãe dependentes do filho marido e filho marido dependente - econômica e afetivamente - dos seus pais.

Enfrentar o mundo dos adultos não é para qualquer um.

De todo modo, prefiro pensar que esta renúncia seja sumariamente por amor aos pais, por amor à mãe, mas, um amor perigoso para o seu desenvolvimento e para a saúde psicológica do seu sistema familiar.
Assim, muitas filhas e filhos renunciam à sua vida pessoal em favor de permanecerem nos papéis de "filhos ou filhas- marido" de mães profundamente dominadoras e/ou carentes.

Observamos frequentemente que quando os "filhos/as marido" tentam se desvencilhar deste triste enredo, são defrontados com chantagens emocionais e manipulações abertas ou encobertas, entrando em cena uma espécie de "mãe medusa" que paralisa o seu próprio filho caso ele a confronte ou queira escapar do seu lugar de dominado/a.

Não é fácil sair deste papel...Muito menos sem que haja uma profunda consciência e desejo de transformar esse cenário. Tudo começa no mundo interior. que exigirá muita conscientização e força para lidar com um jogo familiar inconsciente, cheio de armadilhas, rivalidades encobertas e até vampirismo emocional.
Sim, o "filho marido" é fundamentalmente usado: para aplacar as carências da sua mãe, para diminuir a inveja que, muitas vezes, ela tem das outras mulheres que supõe mais realizadas, da virilidade, do poder de ação e da liberdade dos homens.

Comum é o fato de que a mãe do "filho marido" ao não dominar o próprio esposo lance sua ira dominadora sobre seus filhos e as filhas: os filhos homens para dominá-los - o que não fez com o marido - e as filhas mulheres para que não venham a ter aquilo que ela própria não teve.

São processos em grande parte inconscientes.

Pobre "filho marido", eternamente divido entre a esposa e a mãe, eternamente conflituado entre cuidar da sua mãe e do casamento dos pais ou cuidar da sua própria vida!

Este texto pode ser reproduzido desde que se faça referência à autora e à fonte. © amar@gmail.com Todos os Direitos Reservados*. Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais Este texto pode ser reproduzido desde que se faça referência à autora e à fonte.

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Valéria Giglio Ferreira - Psicóloga e Educadora
Individual - Casal - Familiar \ Blog AMAR - ESCOLA DE CASAL E FAMÍLIA

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