Tudo
o que é vivo cumpre etapas de desenvolvimento e com a relação a
dois também é assim, então, chega um momento em que a própria
relação pede mais, pede para ir para uma nova etapa, fincar raízes,
enfrentar novos desafios, crescer.
Isto faz parte da ordem da
natureza.
Então,
é tão perigoso “formalizar a relação” precocemente – porque
ainda não se conhecem o bastante –
quanto não dar à relação o
aumento de espaço que ela naturalmente pede.
Se
o casal se recusa a este passo pode ocorrer de o relacionamento ir
para o esgotamento, de onde surgirá a perda da vitalidade da relação
por falta de espaço para crescer
e também da aquisição de novos
nutrientes.
Mas,
a tomada de decisão de dar este passo tão importante deve vir
sempre de um pedido interno e nunca de pressões externas.
Como
o casal deve se prepara para esse momento a partir de seu próprio
amadurecimento que resulta em uma espécie de “prontidão para
casar”.
O
amadurecimento de cada um será sempre fundamental para qualquer
casamento que almeje ser harmonioso.
Diz-se
que “casamento é para adultos”, porque somente na vida adulta o
sujeito - pelo próprio autoconhecimento adquirido com os anos -
estará instrumentalizado para enfrentar o dia a dia da vida conjugal
nas suas dificuldades e potencialidades.
Quando
os filhos\as crescem, pai e mãe passam de condutores a conselheiros
e conselhos só são dados quando são pedidos.
Pai
e mãe celebram o crescimento de seus filhos\as, mas, precisam estar
muito atentos para aceitar que suas crias, ao se casarem, trocarão
as alianças de coesão que tinham com suas “famílias de origem”
pelas alianças um com o outro – e isto será fundamental para a
constituição da relação conjugal.
Muitos
casais que se separam se separam porque não conseguiram esta troca
das alianças e continuam mais focados nas suas famílias de origem
do que na família atual que decidiram formar.
É
um processo de migrar de ninho e todos\as precisarão conscientemente
lidar com isto.
O
limite para a atuação de pai e mãe será o limite de não recusar
e tentar impedir o processo migratório de seus filhotes para o novo
ninho conjugal.
Precisam
saber que embora continuem amando os profundamente, agora os nubentes
precisarão focar em seu novo lar e isto implica em definirem algumas
prioridades que, eventualmente, poderão se diferenciar das
prioridades de seus pais.
Quanto
à cerimônia de casamento, penso que tudo depende do “sentido que
a celebração terá para o casal”: a ritualização do sagrado, um
evento social, ambos, etc.
A
lista de convidados está necessariamente atrelada a esse sentido, o
qual define um critério de convidados e este critério define quem
está dentro ou fora dele.
Penso
que, contextualizar e esclarecer que tipo de o evento casal prepara,
facilita com que as pessoas não convidadas não tomem isto no
pessoal, mas, entendam que aquele evento tem essas características.
Então,
nesse contexto, é muito importante ressaltar que a vida matrimonial,
assim como qualquer outra área da vida, está sujeita a uma ordem
maior...uma ordem espiritual que tudo rege...
Mas,
no plano terreno, digo que amar é um potencial fundamental para a
relação conjugal nos moldes como a buscamos hoje, mas, somente amar
não basta, é preciso saber amar.
Amar
de uma maneira madura, saudável, priorizando a relação,
equilibrando razão e emoção, abrindo espaço para uma intimidade
bem conduzida, abrindo espaço para a chegada dos filhos\as - quando
o casal os deseja...e por várias atitudes, permitindo que a vida
siga seu rumo...
Os
cônjuges precisam saber que o seu casamento lhes dará o melhor
dele, se e somente se, os cônjuges
derem ao seu casamento o melhor
de si...!
Valéria
Giglio Ferreira – Psicóloga
Individual
- de Casal - Familiar
CRP
06\39080-4
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário. Sua opinião é muito importante para mim.
Grata.
Valéria Giglio Ferreira
www.amar.psc.br