PRECONCEITO é uma coisa, ABSURDOS INCONSEQUENTES do tipo oba-oba são outra coisa!
Algumas coisas me deixam perplexa, nos dias de hoje!
Uma delas é assistir como, atualmente, as pessoas engolem com inocência
e credulidade qualquer porcaria que lhes seja oferecida: de alimentos a
ideias.
Parece que algumas pessoas perderam o senso crítico, que ficaram desnorteadas, mergulhadas em pura ilusão.
E, como diz o ditado: quanto maior a ilusão, maior o tombo.
O resultado disto?
Todos mergulhados no caldeirão da mesma loucura social do "viva o hoje
sem pensar no amanhã", cometendo os mesmo desatinos, comportando-se como
se não houvesse consequência para nada, como se suas atitudes não
impactassem para o bem ou para o mal sobre si próprios e sobre as outras
pessoas - de familiares ao planeta.
Querem ter opinião
própria, serem singulares como indivíduos, mas, acabam sendo manipulados
por ideologias de massa, exatamente como aqueles que os/as precederam.
Muda a ideologia, mas, a massa de manobra continua a mesma!!!
É como se inúmeros adultos da atualidade tivessem se transformado em crianças ingênuas - ou ainda, nem tivessem crescido, talvez embalados e convencidos pelas melodias que criam a fantasiosa geração "forever young".
Esses pseudo-adultos\as, eternos Peter Pans e Sininhos, ou, como nos mostra a psicologia junguiana "puer aeternus e puella aeternus" parecem confirmar a teoria que uma das grandes dificuldades e desafios do desenvolvimento humano está em abandonar o paraiso da infância - como nos ensina Marie-Louise Von Franz.
Neles, observamos uma quase total ausência da noção de limites, bem como, das correspondentes consequências a eles, para o caso de os mesmos serem negligenciados.
É como se eles tivessem resolvido - e aos bandos - brincar de tudo-pode!
Assim:
"- Agora, vamos brinçar de tudo-pode!!!
- Ah, é, e como é que se brinca disto?
- Fantasiamos que podemos fazer tudo o que nosso desejo sugerir ou imaginar e saimos por aí fazendo isto, não nos importando se estamos magoando alguém ou não, se estamos sendo éticos ou não, se estamos assombrando e gerando insegurança e tristeza em crianças indefesas diante dos nossos atos ou não. Fazemos porque desejamos. Isto basta!
- O que importa é fazermos tudo o que queremos, ou, que pensamos que queremos. É assim é que se brinca de tudo-pode!"
Então, creio mesmo que nossa sociedade tenha sido tomada por uma epidemia de pseudo-inocência que não cabe a pessoas maduras e responsáveis, de quem dependem terceiros, muitas vezes, em tenra idade.
Mas, como todos buscam a felicidade, segundo a tese aristotélica, só nos resta pensar que tanta inconsequência e infantilidade não seja feita por mal, mas, porque algo bloqueou o acesso desta pessoas à maturidade psicológica.
Neste contexto, costuma surgir a famosa "inversão hierárquica", e então, encontramos filhos\as cuidado de pais e mães infantis.
Para a saúde familiar esta é uma situação devastadora, porque de quem se espera controle e proteção se recebe desatinos e desvarios.
Quando adultos se comportam como crianças, as verdadeiras crianças é que sofrem os resultados disto.
Sim...parece que algumas pessoas perderam o bom senso e a capacidade de
pensarem por si mesmas, sem a massificação mídia, da Globo, das
absurdidades que são propagadas hoje em dia, como sendo coisas normais e
sem consequências.
Deste modo, faz-se necessário esclarecer que ter preconceito é uma coisa, dar apoio a cretinices inconsequentes é outra coisa.
Sou contra os preconceitos, mas, ouvir e ver as pessoas lidarem com
situações sérias sem a devida seriedade, no puro oba-oba papo-cabeça, é
aterrorizante e preocupante.
Sou pela volta - urgente - da capacidade e do direito ao raciocínio individual não massificado e pela volta do BOM SENSO.
Valéria Giglio Ferreira
Psicóloga
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Ferreira, Valéria Giglio - Blog AMAR - ESCOLA DE CASAL E FAMÍLIA
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Valéria Giglio Ferreira
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