Celebre e agradeça a vida como grande bênção...

Celebre e agradeça a vida como grande bênção...

Deus ilumine o Brasil e o mundo, em nome de Jesus Cristo! Amém!

Deus ilumine o Brasil e o mundo, em nome de Jesus Cristo! Amém!
Parabéns, Srs. juizes...Continuem assim. Cuspam bastante na cara do povo...Ignorem bastante o sofrimento do povo saqueado e, depois, acertem as suas contas com o Universo: vocês e seus\suas comparsas em roubar a população. Mas, não se enganem: o Universo, a seu tempo, fará a justiça prevalecer...

sábado, 3 de março de 2012

O PLANETA FUMANTE...


" Somente quando a última árvore for cortada, pescado o último peixe, poluido o último rio, é que as pessoas vão perceber que não podem comer dinheiro. " (Ditado Indígena)

   Todos nós já ouvimos histórias de pessoas que fumavam, fumavam, fumavam... Um dia o médico lhes dá o ultimato: parar de fumar ou expor-se a auto-condenação.

   O "companheiro-cigarro" mostra sua face de inimigo.

   É um momento limite em que aquilo que parecia funcionar, que rebaixava a ansiedade e solucionava problemas - em geral relacionais - perde sua operacionalidade e passa a ameaçar o organismo que o utilizava.

   Este é um mecanismo frequente. Quando algo menor chega ao seu máximo e precisa ser trocado por algo maior.  Vemos este processo em vários sistemas de preservação da vida.

   Um exemplo é o das arvorezinhas das calçadas. Quando são pequeninas, a prefeitura coloca cercas em torno delas para que nenhum "animal" as danifique. Quando ficam maiorzinhas seu tronco atinge a cerca protetora e os funcionários da prefeitura vão lá e retiram a tal proteção para que as árvores sigam crescendo sem impedimentos.

   Portanto, algo que foi bom - a cerca - precisou ser retirado em favor de algo maior que preservasse a vida da planta.

   Outro exemplo desta troca de algo "menor" em nome de algo "maior" para poder preservar a vida é o bebê  na barriga da mãe: deu os nove meses, o útero que nutriu, aqueceu e protegeu precisa ser deixado em favor de um bem maior,o ar livre, a continuidade do crescimento.
 
    Mais um exemplo deste modus operandi : crianças pequenas são muito hábeis em se adaptar ao seu ambiente familiar e a "descobrir" o que se espera delas. Esta adaptação às expectativas do meio familiar se tornam padrões de comportamento que costumam ser levados inconscientemente para a vida adulta.

   Chega uma hora em que alguns destes padrões de comportamento vindos da meninice se mostram ineficazes para as tarefas da vida madura. Deste modo, dizemos que o sujeito precisa rever suas defesas e suas adaptações.

   Alguns daqueles comportamentos que serviram de recursos de sobrevivência no ambiente da infância passam a ser limitantes na fase adulta chegando a ameaçar a continuidade do livre desenvolvimento da pessoa.

    Então, vem a necessidade de substituir algo que foi útil e fez sentido no passado - comportamentos infantis - em favor de algo maior - um novo repertório de respostas comportamentais para fazer frente aos desafios do presente e do futuro.

    Se de fato conseguir trocar algo menos importante em favor de algo mais importante for um imperativo da evolução dos organismos vivos, que tal  incluirmos aí os desafios evolutivos do próprio planeta Terra?

    Imaginado que a Terra fosse uma paciente consultando um "doutor", certamente ele diria: "- Dona Terra, a senhora está fumando demais!!! Soltando muitas baforadas poluentes com as chaminés de suas fábricas e indústrias, com os escapamentos de seus carros, com os gases de seu rebanho, etc..."

    Poderíamos então, até dizer que, em algum momento, a  Dona Terra se tornou um "Planeta Fumante".      
    Se no passado, o  progresso literalmente "astronômico" da Terra foi necessário  para garantir a sobrevivência da espécie humana, atualmente, importantes cientistas, líderes religiosos e indígenas, sábios de todos os cantos estão dizendo que continuar assim ameaça a preservação do globo como um todo.

    Será que também no nível planetário e enquanto humanidade estaríamos diante de uma situação do tipo: trocar algo menor em favor de algo maior para preservar a existência?

   Federico Navarro, terapeuta somatopsicodinâmico diz que: "...Todos nós temos um Caminho da Felicidade. Os sintomas são um aviso vindo do organismo de que a pessoa se desviou desse caminho e  precisa retornar a ele..."

     Pensando que desequilíbrio ecológico, buracos na camada de ozônio, extinção indiscriminada de florestas e espécies, efeito estufa , aquecimento do globo (febre alta do planeta?) e finalmente, violência, desamor e desprezo pelas relações interpessoais em geral, possam ser sintomas de enfermidade terráquea, será que podemos supor  que enquanto comunidade planetária saimos do nosso Caminho da Felicidade e precisamos voltar para ele? Seriam estes acontecimentos sinais, sintomas e alertas de que nos desviamos do rumo?

    Se respondermos que sim, como retornar?

    Ao verificarem que toda expansão é seguida pela contração e assim sucessivamente, alguns historiadores vem sugerindo que a humanidade passou por um grande período de "expansão para fora" e que é hora de fazer o percurso contrário, de "expandir para dentro", de interiorizar-se.

    Em "A alma da casa", Jane Alexander observa que vivemos uma cultura tomada por Hermes, o deus grego da comunicação, da velocidade e em última instância, do frenezi maníaco por movimento. Obstante, para ela, devagarzinho,  vem surgindo a necessidade de nos conectarmos com Héstia, a deusa da lareira, do fogo, da luz interior. Na mitologia grega, Hermes olha para fora, Héstia olha para dentro e juntas estas tendências se auto-equilibram gerando harmonia em nossas necessidades de extrospecção e de introspecção.

    Entretanto, para atingirmos este equilíbrio em nossas necessidades externas e internas precisamos ter a coragem de dizer basta.


    Basta às nossas fantasias de que consumir coisas materiais substitui amor e relacionamentos afetivos; basta de não vermos que coisas do mundo exterior só substituem coisas do mundo interior de maneira ilusória e efêmera, numa roda que gira sem fim. Basta de procurar a felicidade fora de cada um.
 
     Precisamos buscar o caminho de dentro lembrando-nos das célebres palavras de  Jesus Cristo  de que "...O Reino de Deus está dentro de vós...".

     Se a Terra se tornou um "Planeta Fumante" cada um de nós colabora com as suas baforadas a cada vez que consome o que não precisa e que descarta coisas úteis ou recicláveis.

     O alerta vem sendo dado. O Planeta Fumante já está em sofrimento.
 
     Seremos capazes de trocar algo menor em favor de algo maior?

     De abrirmos mão de coisas que não precisamos em favor da sobrevivência de nossa espécie?

     Seremos capazes de corrigir a rota da felicidade e permanecermos em nosso planeta - morada?

     Seremos capazes de devolver à nossa Gaia o equilíbrio que nosso desenvolvimento bio-psico-sócio-econômico tirou dela?

     De, individualmente ou em grupos, mudarmos o curso da História?

    


© amar@gmail.com
Todos os Direitos Reservados*.
Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais

Este texto pode ser reproduzido desde que se faça referência à autora e à fonte.
Modo de citação sugerido:
Ferreira, Valéria Giglio - Blog AMAR- EDUCAÇÃO CONJUGAL E FAMILIAR     

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário. Sua opinião é muito importante para mim.
Grata.

Valéria Giglio Ferreira
www.amar.psc.br