Psicóloga, blogueira e etc, etc, etc.! www.amar.psc.br
Fazer uma postagem para internet (blogs, Facebook, etc.), diferentemente de um texto para publicação editorial que terá a colaboração e a revisão de um técnico em português, é algo simples e ao mesmo tempo complexo, porque implica em várias coisas: um conteúdo (útil, interessante ou engraçado), o recurso de um "fotoshop", um português ilibado, alguma criatividade e...disponibilidade de tempo!
Entretanto, ocorre com frequência que somente após a postagem feita e publicada é que percebemos - quando percebemos! - que ela "saiu com um erro" ( gramático ou estético) de maior ou menor relevância e, muitas vezes, ela já foi curtida ou compartilhada por várias pessoas.
Então, é preciso tomar uma decisão: deletá-la e fazer de novo ou deixar rolar assim mesmo.
Eu tenho um pouco de "TOC de português correto"... Se acontecer de eu perceber o erro nas minhas postagens...ah, já era! Enquanto eu não apago e faço de novo, não sossego. Tanto é que, com uma certa frequência, posto e deleto, posto e deleto, posto e deleto...até ficar certo...
Quando vejo tudo!!! Mas, pode ser que também não veja tudo e o leitor - que não está com o olhar viciado por releituras do mesmo texto - veja o errinho de grafia, de digitação, ou seja lá do que for - que não vi.
E assim, eventualmente, nos textos - meus e dos outros - passam erros...Mesmo relendo-os inúmeras vezes.
Tudo é muito rápido no mundo virtual...Você faz o slide, posta, não vê o erro, vai fazer outra coisa, começa a lembrar e analisa retrospectivamente que, por exemplo, uma concordância ficou incorreta! Quando você vai editar, a situação já é outra porque alguém comentou, alguém curtiu, alguém compartilhou. E aí??? Deleta tudo e faz novamente ou deixa assim? Às vezes, dá dó de deletar para corrigir por causa dos comentários interessantes das outras pessoas sobre aquela postagem. Então, é dilemático lidar com este ponto.
Penso que tem um pouco a ver com aquela aquela leitura que viciou o olhar do escritor e ele\ela já se vê a diferença entre o "C" e a "Ç" da palavra escrita, ou a melhor forma de colocá-la de acordo com a vigência antiga ou atual das "trocentas" regras de nossa língua! Mais ou menos como ir à perfumaria e de tanto cheirar as fragrâncias você já não sabe qual é qual, qual a melhor.
Ah, e em relação ao "português" sempre tem uma regra novíssima que você encontra explicadinha nas inúmeras edições das "novíssimas gramáticas" - para complicar um pouco mais essa tarefa!!!
Não que eu defenda a avacalhação de nossa língua materna, como já propuseram alguns, mas defendo a sua simplificação, pois, ela acaba sendo uma ferramenta muito pouco acessível à maioria dos brasileiros\as, que, na real, sequer chegam a estudar o ensino básico, por completa por falta de condições essenciais. Chegaria a dizer que o "português" tal qual se apresenta hoje em dia, não é viável para os brasileiros\as medianos. Hoje, é uma língua que exclui multidões que não podem usá-la porque não sabem usá-la em toda a sua complexidade. Praticamente, uma língua para a elite catedrática em Letras... Então, eis que surgem os excluídos do uso da língua...! E aí? Por que a pessoa não sabe usá-la com perfeição não pode usá-la de forma alguma? E vai se comunicar como??? Vai se expressar como? Por mímicas?
Os gramáticos deveriam sair das cátedras e colocarem-se no lugar do povo incauto, reverendo o Português para torná-lo mais acessível à população. Não acho graça quando o complicam cada vez mais. Parece até um torneio em que querem mantê-lo com o status de uma das línguas mais difíceis do mundo e preservar a todo custo este posto.
Mas, voltando à questão da construção dos textos e postagens, acrescento, ainda, o fato de que comumente, as coisas - inclusive as postagens do Face - são feitas no ritmo frenético da atualidade e muita coisa passa de uma maneira que não é tão bonita ou correta, porque o\a autor não tem a disponibilidade de tempo para ficar ali horas e horas debruçado sobre o teclado do computador, considerando que outras demandas o\a chamam.
Então, nestes casos - mais com os outros do que comigo - e tendo a ser condescendente e valorizar a intenção, a ideia e a riqueza da mensagem...!
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Valéria Giglio Ferreira
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