Celebre e agradeça a vida como grande bênção...

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Deus ilumine o Brasil e o mundo, em nome de Jesus Cristo! Amém!

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Parabéns, Srs. juizes...Continuem assim. Cuspam bastante na cara do povo...Ignorem bastante o sofrimento do povo saqueado e, depois, acertem as suas contas com o Universo: vocês e seus\suas comparsas em roubar a população. Mas, não se enganem: o Universo, a seu tempo, fará a justiça prevalecer...

segunda-feira, 14 de março de 2011

CAMPANHA " É MUITO BOM SER DONA-DE-CASA "

Por Valéria Giglio Ferreira - Psicóloga

Tenho observado, há anos, que as mulheres andam meio "de-mal " com os papéis de donas-de-casa.

Entendo que isto tenha a ver com toda uma luta feminina por espaço no mercado de trabalho, por igualdade de direitos em todas as áreas, mas, principalmente com toda uma geração de mães que, talvez de modo precipitado, concluiram que terem sido donas-de-casa havia sido péssimo negócio para si próprias e que não queriam isso para suas filhas.

Sim, porque como diz o ditado " o serviço de casa é aquele que só é visto quando não é feito". Um serviço que era - ou ainda é - desvalorizado e dado como obrigação feminina, juntamente com todas as outras "obrigações" ligadas ao mundo doméstico.

Creio que o que as mulheres perceberam é que se desgastavam para manterem a casa limpa e arrumada, as crianças cheirosas e educadas, a geladeira e a dispensa cheias de quitutes e guloseimas e, enquanto isto, os maridos prosperavam no mundo do trabalho e quando estavam no topo, substituiam seus "serviços domésticos" pelos de qualquer outra mulher que melhor-os seduzisse, em geral, mais nova e com quem eles iriam curtir os frutos daquele esforço conjunto com a antiga esposa.

Pois é! E não são incomuns os casos em que à primeira esposa coube o sacrifício e à segunda esposa o desfrute.

Indignadas com este processo, muitas mulheres decidiram que não iriam mais investir nas coisas do lar, muito menos se desgastarem com o rame-rame da casa, que queriam mesmo é se profissionalizarem e ganharem dinheiro, já que dinheiro é poder.

A fala geral é a de que : "não vale a pena, o tempo passa, a saúde vai e a casa fica".

O problema é que estas mesmas esposas e mães radicalizaram e ensinaram suas filhas a serem tudo, menos donas-de-casa.

Apregoaram direta ou indiretamente que elas fossem trabalhar fora, serem donas do seu nariz e que deixassem prá lá as coisas de casa.

Então, temos agora uma geração de mulheres fóbicas ao papel e às funções domésticas.

Elas não sabem e não querem saber nada das "artes do lar", como: cuidar da casa, do marido e dos filhos/as, fazer a comida, conduzir a limpeza, organizar armários, ajeitar a decoração, aromatizar o ambiente, regar as plantas, etc. Bordar e costurar, então, nem se fala!

Em muitas dessas mulheres nota-se um certo orgulho para com esse não-saber. Anunciam com a boca cheia que não sabem sequer fritar um ovo.

A meu ver, esta é uma fala muito triste, principalmente pela perda da rica experiência humana que lidar com mundo doméstico traz para cada pessoa, seja homem ou mulher...
Se pensarmos bem, há uma certa graça em varrer um empoeirado chão e percebermos que a cada deslizar da vassoura ele vai ficando limpinho, limpinho...

Há uma riqueza nisto...! A riqueza que vem do envolvimento com as coisas simples do dia-a-dia. 

Não estou sendo sexista e não excluo a capacidade masculina de desenvolver bem esses papéis.  Sabemos de inúmeros exemplos de homens muito hábeis nas tarefas domésticas.

Mas, talvez haja um potencial feminino "natural" para desempenhar com primor o papel do lar.

- NÃO SÓ A ELE, CLARO!!! 


Já provamos que podemos ser muito mais!

Quando digo isto, refiro-me ao fato de a  mulher tem dentro de si, de seu corpo e de seu útero o poder de ser casa para alguém durante nove meses e isto nos torna ligadas indelevelmente à esta função e a este prazer.

Neste caso, ela é realmente a "dona-da-casa" que gera o bebê durante todo o período gestacional.

Isto coloca a mamífera humana em condições potencialmente "naturais" -  até intuitivas - de saber como alimentar, aquecer, proteger, etc. um outro ser.

Negar esse poder e esse talento não tem tornado as mulheres mais felizes.

Renunciar a tudo isto por puro "preconceito" é inaceitável.

As perdas não compensam os ganhos.

O próprio movimento feminista de vanguarda já reconhece esses prejuizos e propõe revisões e resgates do jeitinho feminino que ficou para trás.

Acredito que temos que fazer o caminho de volta para nós mesmas, integrando energia feminina e masculina dentro de nós: chega de adotarmos os valores do mundo masculino e desmerecermos tudo que é feminino.

Precisamos valorizar nosso modo feminino de ver e viver a vida!

Então, a meu ver, não é ser ou não ser dona-de-casa, a questão é fechar seu leque de investimentos na vida e ser SÓ DONA-DE-CASA

E seria igualmente problemático ser somente qualquer outro papel, inclusive ser só uma profissional - ainda que de sucesso - pois, temos vários papéis a desenvolver na vida se quisermos alcançar a riqueza, a integralidade e a plenitude de nossa existência.

A questão está em quais outros papéis, além deste, cada mulher desenvolve em sua vida e como se coloca em cada um deles, especialmente em relação a si mesma, suas prioridades, seu propósito existencial.

É precioso lembrar que entre os prazeres e necessidades humanas, estão a troca de afeto e de carinho para com os outros seres vivos, o que muitas vezes, envolve cuidar de si, mas, também cuidar deste outro - seja ele marido, esposa, filhos/as, cachorro, gato,  tartaruga, plantas, etc.

Portanto, não se trata de a mulher rejeitar o papel de dona-de-casa e abrir mão de algo extremamente prazeroso e realizador para a maioria das fêmeas humanas, trata-se rever e evitar o modo como ela vai para o papel de dona-de-casa, evitando principalmente a antiga postura de ter no papel de abastecedora do outro o seu único papel e sentido de vida, porque, neste caso, quando não precisam mais dela, pelo óbvio, a dispensam.

Então, o propósito não é rejeitar e nem eliminar papéis pessoais, familiares ou sociais - não se pode tirar partes da vida -  o propósito  é a  mulher ampliar seus papéis alargando seus horizontes na direção de uma maior realização sua como pessoa, em cada uma das áreas da sua vida.

A questão é também de postura diante das coisas, de não mais colocar-se como aquela que permite ao outro explorá-la e depois descartá-la. É preciso colocar-se em postura de troca nas relações com o outro.

Trata-se também de as mulheres abrirem seu leque de opções, não só de seus objetivos profissionais, mas, de seu mais profundo sentido existencial - seja ele qual for - recuperando a sabedoria e a orientação de sua voz interior, de seu corpo a despeito do blá,blá, blá do mundo pós-patriarcal, da mídia.

Enquanto as mulheres adotarem a tábua de valores masculina como sua e medirem seu sucesso pessoal e suas metas por aquilo que representa sucesso para os homens -só para os patriarcais, diga-se de passagem, porque muitos homens também estão se revendo seu sentido de felicidade - eles de um modo ou de outro as estarão guiando, liderando e pior, submetendo: elas estarão submetidas aquilo que eles dão valor.

O caminho, a meu ver, é o resgate dos valores femininos a nortearem as condutas femininas. 



Não podemos nos guiar somente por aquilo que faz sentido aos homens apenas para mostrarmos a eles que somos capazes de competir e ganharmos deles: a guerra dos sexos é uma meta muito pobre e limitante.
 
Enfim, trata-se de das fêmeas humanas distinguirem o que é supérfluo do que é essencial, de buscarem a integralidade de seu ser e de se conduzirem de maneira mais auto-centrada e equilibrada em seus diversos papéis.

Creio que temos que fazer o caminho de volta para nós mesmas, integrando energia feminina e masculina dentro de nós. 


Chega de adotarmos os valores do mundo masculino e desmerecermos tudo que é feminino.

Precisamos urgentemente resgatar nosso modo feminino de ver e viver a vida dentro e fora de casa.

                                                 

© amar@gmail.com
Todos os Direitos Reservados*.
Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais

Este texto pode ser reproduzido desde que se faça referência à autora e à fonte.
Modo de citação sugerido:
Ferreira, Valéria Giglio - Blog AMAR- EDUCAÇÃO CONJUGAL E FAMILIAR   



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Valéria Giglio Ferreira
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