Gosto de um conceito indiano que diz que no mundo existem dois tipos de seres humanos: 1) os que são carregados
pela roda-viva da vida e 2) os que carregam sua roda.
Os que são carregados
pela roda, obviamente, vão para onde a roda vai: são aqueles sujeitos levados por
ideologias de massa, modismos, pressões sistêmicas familiares ou por qualquer outra
forma de condução/indução que surja de fora para dentro; já os sujeitos que carregam sua
roda são aqueles que tomaram para si a tarefa de conduzir e
de escrever sua própria história, fazendo isto de dentro para fora.
Segundo
o conceito indiano, a vida
sempre dá ao ser humano a oportunidade de passar de uma condição à
outra. Mas,
para tanto, é preciso que ele esteja atento ao momento em ela oferece esta
oportunidade, sendo que isto ocorre quando a realidade de fazer uma nova escolha se faz
presente objetivamente. Porém, se a nova escolha não for
feita, o giro da antiga roda recomeçará.
Assim sendo, entendemos que se alguém quiser
sair do circuito de repetição do sofrimento precisa saber que a oportunidade de
fazer isto se dá pela atuação em favor de uma escolha que quebre o vínculo com repetição daquilo que já não faz mais sentido.
Porém, sabe-se que se esta oportunidade
de mudança for desperdiçada, o sujeito continuará
girando em círculos, reiterando sofrimentos e frustrações num contínuo enredar-se na roda neurótica do
passado, até que no futuro surja uma nova chance.
Alguém disse que a neurose é dar sempre a mesma resposta porque a vida faz perguntas diferentes.
Sim, mas, acredita-se que em determinadas
circunstâncias seja necessário passar mais uma vez conscientemente por algo disfuncional para depois conseguir não passar mais.
Ainda que o indivíduo repita muitas vezes suas escolhas disfuncionais, na existência nada é em vão e cada giro da roda-viva da vida
sempre traz à tona uma nova consciência e a possibilidade do despertar.
Chamamos
de “Caminho da Felicidade” o
processo através do qual o indivíduo, tomado de profunda coragem, amor
próprio e fé, se faz capaz de empreender uma nova escolha, abandonando a
perigosa
estadia na zona de conforto e enfrentando
a escuridão de si mesmo para tornar-se um ser único e iluminado.
Esta, certamente, não tarefa para principiantes ou para
inocentes. É tarefa para adultos que tomaram para si a difícil responsabilidade de serem
felizes.
Jesus Cristo em seu amor à humanidade
nos mostrou o Caminho da Felicidade.
Então, Natal é isto: a chance do
renascimento!
E o Ano Novo o que é?
O Ano Novo é a roda-viva da vida tangenciando a realidade e generosamente oferecendo a
cada um a milagrosa e abençoada oportunidade de renovação...A oportunidade de levar para a vida real este novo ser!
Valéria Giglio Ferreira - Psicóloga -
www.amar.psc.br
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Valéria Giglio Ferreira
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