Valéria Giglio Ferreira - Psicóloga
A apologia ao excesso "SEXO, DROGAS E ROCK AND ROLL" somada à apologia
ao "FOREVER YOUNG", importadas da doentia sociedade norte-americana,
está destruindo a vida de muita gente no mundo todo.
- ACORDA GENTE!
- CHEGA DE OBA-OBA!
Viver assim é ilusão.
A vida nos cobra e exige o nosso contato com a realidade.
É somente do enfrentamento deste contato - tanto no mundo interno
quanto no externo – que pode surgir a sensação de felicidade, de ter
vencido os obstáculos e provas que a vida dá a todos.
Se divertir é necessário, ter prazer é necessário, mas, com equilíbrio.
A felicidade que vem das drogas e do entorpecimento da mente é uma falsa felicidade.
A felicidade real vem do mundo interno, do mundo real e precisa ser construída ao longo da existência humana.
"O Reino de Deus está dentro de vós" (Lucas, 17.21), lembram?!
É preciso EQUILIBRAR O DESPRAZER COM O PRAZER PARA NÃO ADOECER, ou
seja, tanto o excesso de desprazer quanto o excesso de prazer podem
levar à quebra da sutil balança da saúde e da vida e à todo tipo de
perigo.
A busca incessante do prazer e a negação do sofrimento não podem ser os norteadores do dia-a-dia.
Protejam-se dessa mentalidade destrutiva e doentia de que ser feliz é estar sempre em estado de euforia.
Isto destruiria a vida em sua estrutura regular, rotineira e cotidiana.
- NÃO PODEMOS FAZER TUDO O QUE QUEREMOS NÃO!
- A VIDA EM SOCIEDADE NÃO NOS PERMITE!
Observem atentamente e vejam que é assim, mesmo que isto não nos agrade sempre.
- É ASSIM e negar a realidade somente a torna ainda mais difícil.
NÃO HÁ NADA DE MAU EM RENUNCIAR AO EXCESSO DE PRAZER, EXCESSO DE
BEBIDAS, EXCESSO DE BALADAS, EXCESSO DE SEXO, EXCESSO DE DIVERSÃO...
NÃO HÁ NADA DE MAU EM DIZER NÃO AOS EXCESSOS, ao contrário, isso nos preserva de muitas maneiras.
Aliás, a manutenção do prazer passa pela regulagem do prazer.
Entendamos: a geração dos anos 60, questionou a repressão do prazer - o que foi muito bom.
Mas, sua máxima "é proibido proibir" acabou gerando, em grande parte,
uma geração de adultos infantis, sem parâmetro de limites, e portanto,
sem saber ensiná-los aos seus filhos/as.
Trata-se de uma
geração que não sabe colocar limites porque não sabe ONDE colocá-los: o
que é o certo, o que é o errado, o que é o relativo.
Ambas as
gerações são marcadas por comportamentos de excesso e costumam
apresentar dificuldades em vivenciar ou ensinar restrições aos seus
filhos/as.
Mas, por quê? Porque não sabem ONDE colocar os
limites, isto é, quando os limites estão aquém ou além do bom-senso e
tampouco quando estão no lugar exato em que devem estar.
Desta
forma, ambas as ideologias "Forever young" e "sexo, drogas e rock and
roll" acabaram funcionando como potencializadoras uma da outra.
Juntaram-se na fantasia de que fosse possível permanecer jovem para
sempre, divertindo-se, transando, dançando e cantando como se tivessem
vindo no mundo à passeio.
Só que para dar conta de se manter
nesta ilusão, seus adeptos, muitas vezes, necessitam de algum tipo de
alucinógeno e acabam lançando mão de um dispositivo fácil e também
artificial: as drogas que os manterão fora da realidade objetiva.
É desta forma que se encaixam as duas ideologias que adubam tantos e
tantos Peter Pans e Sininhos que andam hoje por aí com medo de crescer.
Não contaram a esses jovens que paga-se um árduo preço por entrar na
vida adulta, mas, desfruta-se igualmente da satisfação que vem do
desabrochar, do plantar, regar e colher os frutos de toda uma
caminhada...
Mas, pensem: PARA SEMPRE JOVEM NÃO É POSSÍVEL, é uma ilusão impossível, e portanto, IDIOTA.
FOREVER YOUNG não é possível, a menos que - Deus livre e guarde - a
pessoa se vá ainda jovem, talvez, num desses excessos e desmedidas.
Do contrário, vai se tornar adulto/a e envelhecer, como tudo o que é vivo.
Então, ENVELHECER - quando DEUS assim permite - FAZ PARTE DO PROCESSO
EXISTENCIAL NATURAL NESTE PLANETA: as pessoas envelhecem sim, com
amadurecimento ou não; a diferença é que uns continuam infantis e outros
seguem o curso natural de crescer e amadurecer.
Já é hora de
lutarmos por uma bandeira nova, por uma bandeira nossa: PELO RESGATE DO
BOM-SENSO E DO EQUILÍBRIO em nossa vida e em nossa jornada terrestre.
Peço que Deus, em sua infinita graça e se for do seu agrado, nos
proteja, assim como, nossos filhos e filhas, livrando os/as de todos os
perigos visíveis e invisíveis e que nós, pais e mães, saibamos fazer a
nossa parte nesta tarefa divina de ajudá-los a se tornarem indivíduos
centrados, equilibrados e realizados.
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Modo de citação sugerido:
Ferreira, Valéria Giglio - Blog AMAR - ESCOLA DE CASAL E FAMÍLIA
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Grata.
Valéria Giglio Ferreira
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